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Lançar um satélite que viabilize maior precisão em geolocalização, tornando possível a evolução de serviços e tecnologias de drones logísticos e veículos autônomos. Foi essa a ação concluída pelo Japão no início deste mês de Junho.
Em uma parceria do grupo Mitsubishi com a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão – JAXA, a última quinta-feira, dia 1º, marcou o lançamento do satélite Michibiki número 2. Levado ao espaço por um foguete H-IIA a partir do Centro Espacial de Tanegashima na cidade de Kagoshima, o Michibiki 2 decolou às 9:17 da manhã, entrando em órbita 28 minutos depois, conforme nota oficial da JAXA. O Michibiki 2 faz parte da nova rede de satélites que ficará em órbita estacionária sobre o Japão e regiões na Ásia e Oceania, e eliminará a dependência Japonesa do GPS Americano.
O novo satélite, que envia informações de posicionamento semelhantes às do sistema de GPS Americano, terá uma acurácia bastante superior, e disponível a aparelhos digitais como os smartfones. Comparado com os serviços públicos de GPS atuais, cuja margem de erro chega a vários metros, o novo sistema Japonês trará a precisão ao nível de centímetros. A inovadora tecnologia permitirá ao sinal de GPS ser recebido por usuários mesmo em regiões montanhosas, ou em centros urbanos com alto volume de arranha-céus.
O sistema de alta precisão terá papel significativo em diversas novas aplicações, como o controle de drones responsáveis por entregas urbanas, os carros autônomos e outras que necessitem de geolocalização. Ainda, a nova tecnologia poderá impulsionar a adoção em larga escala de soluções emergentes, como no caso da agricultura de precisão. Também no caso de desastres e emergências, a nova tecnologia permitirá a comunicação das autoridades públicas quando outras infraestruturas não estiverem disponíveis.
Além do Japão, outras nações estão na corrida para eliminar sua dependência do sistema de GPS Americano. Este é o caso da Rússia, China, Índia e União Europeia. E a razão desta corrida pela independência se dá não só na camada de serviços ao cidadão, mas também na dimensão militar, visto que, também nesta área, o mapeamento, monitoramento e gestão logística são essenciais, e a dependência de outros países torna-se um risco de segurança nacional.
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