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Como pode o mundo alcançar as fortes reduções de emissão de carbono necessárias para frear e reverter os impactos da mudança climática? Os autores de um novo estudo do MIT afirmam que, ao menos que se incorpore significativamente a energia nuclear ao mix global de tecnologias energéticas de baixo carbono, o desafio será bem mais difícil e caro de ser resolvido. Entretanto, para que a energia nuclear ocupe sua posição como uma fonte relevante de energia de baixo carbono, questões de custo e de política precisam ser endereçadas.
No relatório “The Future of Nuclear Energy in a Carbon-Constrained World” lançado pelo MIT Energy Initiative (MITEI) no dia 3/Set, os autores analisam as razões para a atual estagnação global na capacidade energética nuclear — que conta com cerca de apenas 5% da produção primária de energia global — e discute medidas que possam ser tomadas para reverter esta situação.
O grupo de estudo, que conta com a participação de pesquisadores do Idaho National Laboratory e da University of Wisconsin at Madison, estará apresentando o trabalho em Londres, Paris, Bruxelas, Washington e Tóquio nestas próximas semanas. Também colaborando com os estudantes de graduação e pós-graduação do MIT neste estudo, estiveram membros da Harvard University e diversos “think tanks”.
“Nossa análise demonstra que atingir o potencial da energia nuclear é essencial para alcançar um futuro energético descarbonizado em várias regiões do planeta,” diz o co-chair do estudo Prof. Jacopo Buongiorno, do Departamento de Ciências e Engenharia Nucleares do MIT. Ele acrescenta, “Incorporar novas políticas e modelos de negócio, assim como inovações nos projetos e construções que viabilizem plantas nucleares mais efetivas e de menor custo, poderiam habilitar a energia nuclear como provedora para a crescente demanda energética global ao passo em que reduziria as emissões de carbono para termos um menor impacto climático.”
Abordando a matriz energética, o consumo elétrico, a fabricação de plantas padronizadas, o novo papel dos governos, bem como outras perspectivas, o estudo traça cenários mirando em um aumento de consumo energético global de 45% até 2040.
Concluem o estudo dando ênfase na urgência necessária tanto para avanços na redução de custos, quanto na construção de políticas de longo prazo, que venham a tornar concreto o futuro da energia nuclear.
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