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Vídeo-síntese – Scale-up Mission to SLUSH’17

Vídeo-síntese da Missão Brasileira à Finlândia em 2017

Primeira delegação oficial Brasileira ao SLUSH – principal evento global de empreendedorismo de alto impacto.

Agendas exclusivas com VTT, FIBAN, ROVIO e SUUNTO.

Pneus Superelásticos

O Glenn Research Center da NASA desenvolveu uma inovadora tecnologia não-pneumática que, mantendo conformidade com exigências de segurança, promete disruptar o mercado global de pneus. Chamada de “Pneu Superelástico“, esta inovação foi desenvolvida para missões futuras a Marte, porém teve comprovada sua viabilidade para outras aplicações aqui na Terra.

Esta tecnologia representa a última evolução do “Pneu Mola” inventado pela NASA em parceria com a empresa Goodyear, que se inspirou nos pneus lunares da Apollo. O mais recente uso de ligas metálicas com memória de forma resistentes a altas tensões e componentes de carga, ao contrário dos materiais elásticos típicos, resulta em um pneu que resiste a deformações excessivas sem incorrer em prejuízos permanentes.

Os pneus superelásticos oferecem tração igual ou superior aos pneus convencionais, e eliminam a possibilidade de falhas pontuais, ampliando a segurança para os usuários. Visto que seu design dispensa a necessidade de uma malha interna adicional, o pneu elástico torna-se mais simples e leve no conjunto pneu-roda.

Benefícios

Segurança: Elimina a possibilidade de falha pontual (ex.: furo)
Resistência: Suporta deformação excessiva
Robustez: Pode ser configurado para alta tração em terrenos variados
Simplicidade: Elimina a necessidade de calibragem a ar
Versatilidade: A resistência do pneu pode ser projetada para limitar a energia transferida ao veículo
Leveza: Conjunto pneu-roda mais leve pela ausência de malha interna

Aplicações dos Novos Pneus

  • Aeronaves
  • Automóveis de passeio
  • Veículos All-terrain
  • Veículos militares
  • Veículos para obras e construção
  • Veículos e equipamentos pesados
  • Veículos agrícolas

A Tecnologia

A inovação se concentra em um pneu não-pneumático, que se adequa a exigências de conformidade, utilizando ligas metálicas, especialmente as de Níquel-Titânio, como componentes de sustentação da carga. Essas ligas tem memória de forma, sendo capazes de se reverter à forma original mesmo após significativa tensão (até 10%), permitindo ao pneu suportar uma ordem de magnitude de deformação que qualquer outro modelo não-pneumático desenvolvido no passado antes que a deformação se torne permanente. Materiais de ligas eláticas-plásticas (ex.: compósitos, molas, etc) comumente usados só podem ser alvo de tensões de deformação na ordem de ~ 0.3 a 0.5% antes de se deformarem.

Assim, o uso de ligas metálicas com memória de forma proporciona um pneu superelástico virtualmente à prova de deformação plástica. Além disso, o uso de ligas com memória de forma oferece controle avançado sobre a efetiva resistência como uma função da deformação, resultando em maior versatilidade para o design. Por exemplo, o Pneu Superelástico pode ser produzido para que se amoleça sob deflexão crescente, reduzindo o montante de energia transferida ao veículo durante ocorrências de deformação. Também, diferentemente das molas, o Pneu Superelástico provê ainda mais potencial de carga, bem como oferece maior segurança em viagens off-road, mesmo em velocidades mais altas.

Vídeo: Teste do Pneu Superelástico

 

Especial MISSION TO SLUSH’17 (D-1)

O clima esquenta em Helsinque com o desembarque intenso hoje de investidores e empreendedores de todo o planeta chegando para o SLUSH. Alguns chegam em alto estilo, em voos exclusivos do evento, como o que trouxe a delegação do Vale do Silício na Califórnia.

E, em preparação para o início do megaevento, que ocorre na 5a e 6a em Helsinque – Finlândia, a delegação formada por empresários e experts brasileiros prosseguiu nesta quarta-feira em atividades voltadas ao empreendedorismo de alta performance.

Em sequência à agenda iniciada ontem, o grupo teve encontros em duas trilhas temáticas complementares.

A primeira delas, apresentada pelo Diretor Executivo da FIBAN, Sr. Claes Mikko Nilsen, foi voltada à compreensão do bem-sucedido ecossistema de investimento da Finlândia, notadamente dedicado ao investimento anjo. Apresentando impressionantes números, a FIBAN se firmou como um ponto de convergência para o co-investimento e a formação de sindicatos de investidores para a aplicação conjunta de recursos em Scale-ups de alto potencial.

A FIBAN informou que, em 2016, €53 milhões foram investidos como capital anjo em 324 empresas, o que representou um crescimento de 43% sobre o ano anterior. Já o investimento total finlandês em startups somou o total de €383 milhões em 2016. O investimento médio por anjo e por round foi de 20.000 €, equivalentes a uma média de 2% das ações da empresa investida. Os setores mais procurados pelos investidores foram: Serviços, Fintech, mídia and marketing, e Healthtech.

Na sequência desta reunião, parte da delegação participou do evento de aquecimento para investidores. O encontro foi realizado no Centro Cultural Korjaamo, local simbólico em que ocorreu a primeira edição do SLUSH em 2008. Nesta etapa, palestras e mesas redondas tiveram o papel de promover cooperação e a troca de experiências entre os investidores, de forma a melhor aproveitarem o evento a se iniciar amanhã.

E, enquanto parte da delegação se reunia no Centro Korjaamo, outros optaram por participar de uma visita muito especial: conhecer o Centro de Inovação, Desenvolvimento, Design e Produção da SUUNTO, empresa finlandesa líder global em “wearables”, ou seja, equipamentos digitais esportivos, como relógios, computadores de mergulho e instrumentos de precisão.

Nesta visita, puderam conhecer a fábrica de algumas das linhas de produtos da empresa, e também tiveram a oportunidade de entender com gestores da SUUNTO como são implementadas as fases de concepção, desenvolvimento, branding e comercialização de seus inovadores produtos.

Com dois dias de trabalho intenso já consolidados pela delegação brasileira, o grupo segue amanhã para a principal etapa da agenda desta Missão: mergulhar no SLUSH, principal evento global de investimentos em startups e empreendedorismo de alto impacto!

Especial MISSION TO SLUSH’17 (D-2)

Ninguém vai a Helsinque em Novembro… Ninguém a não ser os mais radicais empreendedores e investidores do planeta, responsáveis por transformações que impactarão pessoas, empresas e governos mundo afora em 2018.

É que, no último dia do mês e no primeiro de Dezembro, a capital finlandesa hospeda o SLUSH, principal evento global de empreendedorismo de alto impacto.

Neste ano de celebração dos 100 anos da Independência da Finlândia, o evento, que teve sua primeira edição em 2008, ganha algo relevante: pela primeira vez, o Brasil participa com uma delegação oficialmente reconhecida pelos organizadores. Realizada pela Epicentor, o grupo conta com apoio da Batuque Promo, do Consulado da Finlândia no Brasil, da Record TV e de outros parceiros.

E esta terça-feira, 28, marcou o início das atividades da delegação Brasileira na missão de 2017. É que o time, composto por dezenas de empresários e experts de diversos estados Brasileiros, decidiu chegar mais cedo a Helsinque para cumprir uma pauta de trabalho bastante especial.

Começando em grande estilo, o grupo foi recebido pela VTT, a agência de pesquisa e desenvolvimento do governo finlandês que é um dos principais indutores de inovação empresarial da Europa. Com uma programação futurística que cobriu o estado-da-arte em temas como Smart Cities, o Futuro da Energia, Economia Circular e outros, o grupo foi recebido por especialistas que desenvolvem pesquisas inovadoras não somente para a Finlândia, mas para empresas de todo o mundo.

A sequência de palestras contou com interações ativas, com esclarecimento de inúmeras duvidas dos empreendedores brasileiros, e foi seguida por uma visita ao laboratório subterrâneo de robótica da VTT, construído no antigo espaço de um bunker da segunda guerra mundial. Nesta unidade, a VTT desenvolve pesquisas que estão não somente melhorando a eficiência de linhas industriais, mas também evoluindo a segurança das interações entre o ser humano e os robôs.

Na próxima atividade do dia, a delegação foi “estilingada” para uma reunião no “ninho dos Angry Birds”, ou seja, a sede global da Unicórnio fabricante de games ROVIO. Nesta ocasião, o grupo conheceu a história, com uma análise de erros e acertos que fizeram da empresa, que recentemente abriu seu capital, uma gigante global no mercado de jogos para celulares, além de audiovisual, parques temáticos e licenciamento de marca.

Já a conclusão do dia de trabalho ocorreu também em alto estilo, em um jantar com a presença do Exmo. Embaixador do Brasil na Finlândia, Antônio Francisco da Costa e Silva Neto. Nesta etapa, o grupo pode ouvir do diplomata conhecimentos relevantes sobre o potencial de fortalecimento dos negócios entre o Brasil e a Finlândia em setores de alta tecnologia e sustentabilidade. Reiterando o apoio da embaixada à vinda da delegação brasileira a Helsinque, o embaixador pontuou dicas e instrumentos que poderão facilitar a intensificação do comércio entre empreendedores dos dois países.

SLUSH 2017 – Brasil na Meca do Empreendedorismo

É com uma “Chamada por Solucionadores” (do inglês “Call for Solvers”) que se desenha a edição 2017 do maior encontro mundial de Empreendedores de Alto Impacto do planeta, o SLUSH.

Serão quase 20.000 participantes, oriundos de 130 países, interessados em modelos de negócio disruptivos. O evento acontece em Helsinque, capital da Finlândia, nos dias 30 de Novembro e 01 de Dezembro, com atividades preliminares se iniciando desde o dia 28.

Em um clima de reinvenção da humanidade, onde o talento resiliente e inovador de Startuppers, Executivos e Investidores presentes será impulsionado por um design provocador e tecnológico, palestras, negociações e demonstrações irão propiciar convergências, interatividade e, certamente, soluções!

BRASIL no SLUSH!

Parece incrível, mas desde a primeira edição do SLUSH em 2008, nunca ocorreu uma participação brasileira em grupo reconhecido pelos organizadores do evento. Em 2016 foram apenas 7 brasileiros presentes. Isso nos diferenciou do que ocorre com dezenas de outros países, variando, por exemplo, desde o Japão, a Índia, a Suécia, e até mesmo o Vietnã – este último teve no ano passado uma delegação com 70 participantes.

Mas em 2017 isso mudará, pois o país contará com um grupo de participantes oficialmente reconhecido pelo SLUSH. A delegação brasileira está sendo formada e contará com até 30 investidores, executivos e empreendedores. Aos que desejam participar, os detalhes podem ser encontrados no site www.missaoslush.com.br.

IDEIAS e CAPITAL

Entre as personalidades e painelistas confirmados para subir aos diversos palcos do SLUSH, encontram-se nomes como o Príncipe William, da Inglaterra, e o líder global pela sustentabilidade e ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore. Estrelas de primeira grandeza, como essas, dividirão a atenção de investidores e executivos com as mais de 2.300 startups que também estarão apresentando suas propostas inovadoras.

E não é uma apresentação injustificada. No ano 2016, os milhares de investidores presentes ao SLUSH informaram uma capacidade aglutinada de mais de 200 Bilhões de dólares disponível para investimentos. Com isso, realmente torna-se possível ousar e ambicionar inovações globalmente disruptivas.

Portanto, você que pretende participar, respire fundo e mergulhe de cabeça aberta. O evento pulsará utopias de transformação do planeta, e ecoará fobias produtivas da elite empreendedora mundial, em uma atmosfera provocadora. Imperdível para quem quer fazer a diferença no mercado e na sociedade, o evento dura dias, porém, seu efeito deve durar uma vida toda!

SLUSH – Quando a Utopia encontra a Fobia

Quando se abrirem as portas do SLUSH, maior encontro global entre investidores e startuppers, no próximo dia 30 de novembro em Helsinque (Finlândia), 20.000 participantes discutirão o futuro de diversos mercados e setores econômicos entusiasmados por um ambiente inusitado.

Uma agenda intensa nos vários palcos do evento

Os principais empreendedores do planeta estarão imersos em um clima de reinvenção da humanidade, onde o talento resiliente e inovador dos presentes será impulsionado por um design provocador, evocando convergências, interatividade e vanguarda tecnológica.

A responsável é Jenni Kääriäinen, Diretora de Design do Slush, que desenvolveu com a Sun Effects o novo visual para o Centro de Convenções Messukeskus tendo como base cores laranja e rosa, e materiais que simulam o lodo e a ferrugem. É como se o Cirque du Soleil se encontrasse com Mad Max!

BRASIL estará presente!

E o Brasil não ficará de fora desta. 2017 é o primeiro ano que o país contará com um grupo de participantes oficialmente reconhecido pelo SLUSH. A delegação brasileira está sendo formada e contará com até 30 investidores, executivos e empreendedores. Os detalhes podem ser encontrados no site www.missaoslush.com.br.

Portanto, você que pretende participar, respire fundo e mergulhe de cabeça aberta. O evento pulsará utopias de transformação do planeta, e ecoará fobias produtivas da elite empreendedora mundial, em uma atmosfera provocadora. Imperdível para quem quer fazer a diferença no mercado e na sociedade, o evento dura dias, porém, seu efeito deve durar uma vida toda!

Em busca das Unicórnios Brasileiras

Uma nação continental, com um povo criativo e empreendedor, o Brasil figura nas principais posições nos rankings globais de iniciação empresarial – o Start-up. Todavia, mesmo gerando milhares de start-ups a cada ano, o país ainda não conseguiu gerar uma ao menos que figurasse entre as chamadas “Unicórnios”, que são aquelas que crescem de forma consistente até ultrapassar o valor de mercado de 1 bilhão de dólares. Como o Brasil pode mudar este cenário?

Mirando em soluções para esse contexto nasceu à ideia da Scale-Up Trilogy.

Trilogy

Esta foi inspirada no SLUSH, maior Evento Global de Start-ups e Investidores, que desde 2008 acontece anualmente em Helsinque, Finlândia, já tendo gerado desdobramentos regionais em vários outros pontos, como Shanghai, Cingapura, Tóquio e outros.

A Trilogy é um programa de três eventos para executivos, investidores e startups conectados ao empreendedorismo de alto impacto, e tem como curadores o Prof. Carlos Arruda (Fundação Dom Cabral), Renato Santos (Moai Participações) e Humberto Ribeiro (Epicentor).

Scale-up Bootcamp

A primeira etapa da Trilogy é o Scale-up Bootcamp, que acontece em 18 de Outubro, na FEA/USP em São Paulo”. Nessa fase, os conceitos que impulsionam os ecossistemas mais dinâmicos do planeta são foco de debates nos painéis entre os empreendedores e experts nacionais, buscando formas de consolidar unicórnios no Brasil, ou seja, o “empreendorismo de alto impacto”.

Para isso, o Bootcamp tem como anfitrião o Prof. Moacir Miranda (USP) e reune renomados profissionais como painelistas, entre eles: Alexandre Guerra (Giraffas / ABF), André Gregori (Thinkseg), Cássio Spina (Altivia / Anjos do Brasil), Daniel Izzo (VOX Capital), Jacques Marcovitch (USP), Marcos Almeida (Stefanini) e Marcus Hadade (Arizona).

Scale-up Mission to SLUSH

Em uma etapa seguinte, com início em 26 de novembro, embarcam rumo a Helsinque 30 participantes da Scale-up Mission to SLUSH. O Slush é hoje o principal evento global de investimentos disruptivos. São números que impressionam: 17.500 participantes, mais de 2.300 start-ups e 1.100 investidores, 600 jornalistas, palestrantes e acadêmicos. As empresas tradicionais também se fazem presentes com seus principais executivos corporativos que querem estar antenados, prestando atenção ao futuro que está sendo construído hoje por ousados empreendedores. Ao todo, é uma comunidade que representa mais de 120 países. “A missão brasileira que irá ao Slush 2017 buscará interação com as principais start-ups e investidores que impactarão o planeta nos próximos anos”, explicou Ribeiro.

SLUSH

O Slush acontece desde 2008 com origem na Finlândia e é apoiado pelo governo local e a comunidade empresarial de todo o mundo. A magnitude do evento tem características singulares, a começar pelos participantes que representam as start-ups globais, seguidos por investidores audazes em aplicar recursos nos negócios mais disruptivos, desde que apresentem soluções de alto impacto paraíso mercados e as sociedades de todo o planeta.  Tudo isso acontecerá em palestras, visitas a estantes e, especialmente, em mais de 7.000 reuniões ‘one-on-one’ agendadas em que empreendedores se encontrarão frente-a-frente com potenciais investidores em sua start-up.

O Slush disponibiliza um aplicativo para cada participante, seja o investidor, empreendedor ou mesmo o congressista. Por meio do mobile o investidor tem acesso aos mais de 2.300 propostas de negócio do evento. Para isso, ele seleciona o perfil de negócio do seu interesse por critérios como: setor de atuação, maturidade, porte, etc. Depois disso, a ferramenta promove os agendamentos em horários precisos e em mesas numeradas onde ocorrem as apresentações e negociações privativas.

Scale-up Conference

E a Trilogia desta temporada se encerra em 06 de Fevereiro de 2018 no Rio de Janeiro, com a Scale up Conference, onde o melhor de todo o conteúdo discutido no Bootcamp, bem como novos painelistas e palestrantes se encontrarão ainda com “O Melhor do SLUSH 2017”, em uma trilha temática que apresentará insights, estratégias e inovações capazes de impulsionar o fortalecimento das empresas nascentes e tradicionais do Brasil. Novamente, os empreendedores, investidores e executivos de empresas privadas e todos aqueles interessados nos negócios globais de alto impacto terão acesso ao que de mais importante aconteceu em Helsinque. A programação do evento contará com convidados do Slush, painelistas nacionais e internacionais de peso.

O Brasil ainda carece de ocasiões que aglutinem a vanguarda do pensamento empresarial, da inovação, da internacionalização e das transformações sociais, sob a revolucionária lente do empreendedorismo disruptivo. Queremos estimular a revolução consciente do setor produtivo nacional, voltado, por exemplo, à inovação corporativa, ao corporate venture e à tração em start-ups maduras (as Scale-ups). Com tantas vocações que temos em nosso país, não será surpresa que logo nossos empreendedores alcancem o status de Unicórnio!”, conclui Humberto Ribeiro.

A Scale-up Trilogy é realizada pela Epicentor, e a Batuque Promo é a responsável pela produção e vendas. As informações pontuais podem ser acessadas em \\trilogy.epicentor.com.

Empreendendo na Turbulência

O atual ambiente Brasileiro, seja por sua estrutura institucional – tributária, burocrática e de financiamento – seja pela atual corrosão reputacional nas relações entre a classe política e o meio empresarial, não inspira a ação empreendedora no país. E essa repressão ao empreendedorismo é um risco sistêmico de grau elevado para qualquer povo, pois direciona gerações a um caminho de fraca produtividade, e baixa produção de riquezas.

Aos que desejam trilhar um rumo diferente da estagnação, como ter uma ação construtiva diante de um momento de tormenta como este? Aqui seguem análises e dicas para ajudar os Empreendedores a sair deste beco.

Prosperidade ou Pobreza

Recursos naturais ou culturais não são os fatores definitivos e determinantes da riqueza de um povo. Segundo demonstram James Robinson e Daron Acemoglu em seu livro “Why Nations Fail” (Porque as Nações Fracassam), é o tecido político e econômico que está por trás do êxito – ou fracasso – de uma nação.

Com base nesta constatação, resultante de mais de 15 anos de pesquisas dos autores, para migrar da pobreza para a prosperidade os países precisam dispor de um correto arranjo institucional que enderece estruturalmente a dinâmica social e mercadológica de dimensões como a propriedade privada, a concorrência, a tributação, o financiamento, entre outros.

Ainda, demonstram que esse desenvolvimento institucional ocorre de modo diretamente proporcional à pluralidade e transparência do sistema político de um país, sendo que o fomento ao amplo acesso eleitoral ao povo, bem como à abertura para a emergência de novos líderes políticos, são princípios para a credibilidade das lideranças;

E um amplo leque de exemplos históricos comprovam que mudanças podem contribuir para instituições favoráveis, inovações progressistas e êxito econômico ou, ao contrário, para instituições repressoras e, em última instância, decadência ou estagnação.

Tormenta

A velocidade no ciclo de inovações, bem como a turbulência geral de mercados, atingem níveis cada vez mais extremos, expondo executivos e lideranças empresariais a desafios sem precedentes. Esse momento contrapõe a relativa calmaria entre meados dos anos 80 e meados dos anos 2000, quando experimentamos um período de estabilidade, crescimento e prosperidade no planeta, o qual foi denominado pelo ex-Presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, como “a Grande Moderação” dada a redução de volatilidade nos ciclos de negócios.

E desde a crise de 2008, a volatilidade retornou a recordes históricos, aumentando a tormenta em nossas vidas. Dado este contexto, dois rumos definem as posturas empreendedoras: há aqueles que se recolhem a terrenos conhecidos e previsíveis; e outros que escolhem abraçar as mudanças e se aventurar por novas fronteiras.

Acreditando que o melhor caminho sempre será o de liderar na direção de novas perspectivas e territórios, oferecer táticas que reduzam o risco dos empreendedores mais ousados e ambiciosos é possível, ajudando-os a alcançar mais criação de valor de forma sustentável.

Como plataforma para a aplicação dessas táticas, elenco três características fundamentais aos empreendedores:

  1. Paixão

Descobrir o que te traz entusiasmo, enchendo de prazer as tarefas recorrentes, torna a atividade produtiva muito mais que um trabalho. Essa é sua paixão!

2. Propósito

Ter clareza sobre sua grande meta, sobre o problema da sociedade que sua atuação vai ajudar a resolver, justificará seus esforços mesmo nos momentos mais difíceis.

3. Persistência

Seguir em frente com seu plano, mesmo frente às adversidades. Permanecer se esforçando, acumulando experiências e evoluindo te aproximará da conquista de resultados não-convencionais.

Dados esses pilares acima, estruturantes a qualquer iniciativa empreendedora em momentos de crise ou não, seguimos agora para as táticas para fases turbulentas:

A) Seja Ágil

Enquanto as empresas no passado poderiam ter sucesso desenvolvendo estratégias e implementando processos passo-a-passo de execução desta, atualmente é demandado uma abordagem mais iterativa, que permita aos líderes empresariais analisar, testar e responder em tempo real às mudanças e fontes de disrupção.

B) Construa plataformas corporativas resilientes

Há que se ter estruturas internas, físicas, intelectuais, financeiras e etc, que confiram à empresa habilidade robusta para absorver choques e seguir progredindo rumo à sua visão estratégica. Empresas devem ter escala e nervos para, frente a obstáculos, manter o curso e perseverar à procura de oportunidades.

Toda empresa tem eventos de boa e de má sorte durante sua existência. O que diferenciará as empresas entre si serão suas reações frente a esses eventos. Capacidades humanas e técnicas bem alinhadas poderão surfar as boas ondas de prosperidade, ou evitar fatalidades em períodos ruins.

Como antever a qualidade das próximas ondas de mercado nem sempre é possível, líderes devem aprimorar plataformas humanas, técnicas, fabris e outras, que ofereçam a melhores respostas e reações a esses eventos.

C) Mantenha-se fiel ao propósito

As convicções do líder são testadas constantemente. Dadas as volatilidades do mercado, algumas convicções poderão ser revisadas, modernizadas e/ou descartadas. Porém, manter fidelidade ao Propósito é requisito para que a própria razão de existência da empresa não seja questionada.

Assim, cabe ao líder, especialmente em tempos de turbulência, compreender, legitimar, comunicar e celebrar o Propósito e os valores organizacionais derivados deste.

D) Mire no médio prazo

O foco excessivo em resultados de curto prazo, prática comum no meio empresarial, e, por outro lado, o foco estatal no longo prazo, podem ser adversários no enfrentamento de momentos turbulentos.

Gestores bem avaliados pelo modelo ocidental de apuração de resultados correm o risco de exagerarem nos cortes de custos, desestruturando condições de aproveitamento de oportunidades que surjam no futuro. Já em empresas estatais, usualmente apontadas para o longo prazo, tendem a mirar sua visão em um futuro tão distante que chegam a ser sem sentido.

Cabe, assim, uma calibragem para que se tenha uma visão também voltada à sustentabilidade no médio prazo, medindo com mais consistência a qualidade da plataforma de resiliência empresarial, e a qualidade do propósito da empresa.

Portanto, abraçar pilares gerenciais e táticas adequadas para a organização podem ser os indutores de sucesso durante tempos turbulentos. São oportunidades disponíveis para a criação de valor, que ajudarão a navegar em águas revoltas com sucesso.

Inovativa Brasil abre nova turma sobre Acesso a Capital

O INOVATIVA BRASIL, programa do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) voltado ao desenvolvimento das Startups Brasileiras, oferecerá curso voltado ao Acesso a Capital de 20 de Novembro a 08 de Dezembro de 2017.

Startups são negócios em estágio inicial e por isso não se espera que deem lucro no início. Por esse motivo, a busca por recursos para manter as operações da empresa é uma das grandes preocupações de qualquer empreendedor. Voltado a empreendedores e a interessados em empreender, os conteúdos desse curso vão ensinar aos participantes a identificar as fontes de recursos disponíveis à sua Startup, o momento certo para captá-los e, ainda, aprenderão a negociar com investidores.

O mercado brasileiro de capital de risco ainda está em estágio de amadurecimento, mas já há inúmeras fontes de financiamento, públicas e privadas. Cada fonte de recursos tem a sua lógica própria, se destina a financiar certos aspectos do negócio e atende a empresas de níveis específicos.Conhecer e entender cada fonte de recursos, a hora certa de começar a captar e se preparar para o contato com os investidores (antes e após o investimento) são os objetivos desse curso.

Seguindo uma metodologia de ensino com base em vídeos curtos, acessíveis pelo celular e que se encaixam na sua rotina apertada, o curso disponibiliza uma visão geral do tema, com as informações básicas e indispensáveis. Junto aos vídeos, são oferecidos materiais complementares para que o participante se aprofunde naquilo que julgar importante.

O curso cobre os seguintes temas:

  • Fontes públicas e privadas de recursos: quais são e a que se destinam;
  • Pitch: como estruturar uma apresentação para investidores de forma sucinta e persuasiva;
  • Negociação: quais são as principais cláusulas que em geral estão em jogo no momento do investimento;
  • Cases reais: entrevistamos empreendedores de tecnologia que passaram por todas as etapas de investimento e abordamos os principais erros, acertos e preocupações durante e após o processo de captação.

Ministrado por investidores profissionais, empreendedores que já conseguiram captar investimentos para seus negócios e por profissionais de consultoria em captação de recursos, este curso conta com os seguintes professores:

  • Cássio Spina: Fundador da Anjos do Brasil
  • Tiara Bicalho: Gerente de Inovação da Inventta BGI
  • Rodrigo Gutierres – Sócio-Fundador do Convés Criativo
  • Verônica Mussi: Sócia-Fundadora da Pin People
  • Cases: Norberto Dias (Ahgora) e Anderson Nielson (Chaordic).

Cornell Tech: campus inaugurado é novo ícone de NY

A “capital do mundo”, Nova Iorque, inaugurou mais um ícone. E este deve marcar não somente o panorama visual da cidade, renovando a Roosevelt Island, mas também promete ser um locus de inovação e empreendedorismo com impacto local, regional e global.

Trata-se do novo campus de Cornell Tech!

Foram sete anos desde o momento em que a equipe do então prefeito Mike Bloomberg sugeriu a ideia de se lançar uma competição para seleção de um novo campus tecnológico em New York City. O resultado surgiu promissor, fruto de muito trabalho e investimentos de U$ 2 bilhões em um terreno de 12 acres localizado na ilha Roosevelt, no East River.

E o campus já foi inaugurado com cerca de 30 professores em dedicação integral em engenharia, administração, ciências da computação  e direito, e mais de 300 estudantes de pós-graduação. Estes trabalham e estudam nos 3 modernos prédios da primeira fase do campus: o “The House”, o “Bloomberg Center”, e o “The Bridge”.

Com laboratórios de pesquisa e de computação entre os mais avançados do mundo, o campus oferecerá, também, um centro de design e prototipagem no qual mais de 2.000 pós-graduandos e centenas de professores e pesquisadores desenvolverão suas atividades.

Como CORNELL TECH impactará o ensino de Negócios

The Bridge

Um dos principais beneficiários do ambicioso projeto em NY é o Cornell SC Johnson College of Business, que contará com mais de 2.000 metros quadrados de espaço no “The Bridge”, prédio que tem por propósito justamente a conexão entre a academia e o setor produtivo, focado em startups e geração de empregos. Neste espaço, a escola de negócios terá 2 anfiteatros para aulas, além de oito salas de grupos e dezenas de unidades de trabalho para sua equipe de professores.

Área de Studios para coworking no The Bridge

O novo campus já vem se consolidando como um imã, provocando um aumento na procura dos candidatos por vagas nos cursos em Cornell, mas também atraindo novos professores de renome internacional. Além disso, a forte rede de ex-alunos de Cornell em Manhattan deve tornar o novo campus num centro de conferências, encontros e eventos corporativos. Iniciando em breve os cursos de capacitação para executivos, o College of Business já está construindo seu calendário para o próximo ano, sendo que a Amazon, uma usual parceira de Cornell, será uma das primeiras empresas a vir para atividades em Cornell Tech na Roosevelt Island. No prédio “The Bridge”, espaços Studio servirão para times interdisciplinares trabalharem em conjunto em novas ideias e produtos.

Prof. Soumitra Dutta, Reitor do SC Johnson College of Business

Para o reitor do College of Business, Prof. Soumitra Dutta, “Com a forte rede de Cornell, podemos agora unir capacidades das áreas de tecnologia, negócios, saúde e hospitalidade, criando uma nova presença incrível em NY, o mais importante hub econômico do planeta. Essa oportunidade ajuda a nos tornar únicos, em uma escola com dois campus de classe mundial plenamente integrados.”

A escola de negócios visualiza, em breve, condições para que os alunos do seu prestigiado MBA do campus em Ithaca, interior do estado de NY, além daqueles do novo campus de Cornell Tech, se beneficiarão de aulas nessas duas bases, aprendendo com os mais de 200 professores já atuantes em seu campus tradicional, bem como os novos que chegarão a Manhattan. Como aquecimento, os estudantes de Ithaca já poderão, neste Outono, participar de quatro cursos em Nova Iorque: Digital Leadership in Cultural Markets, Designing Data Products, Design Thinking, and Leading Agile Innovation.

Durante a cerimônia de inauguração, o ex-prefeito Michael Bloomberg expressou sua satisfação com o início das atividades do novo campus. Para ele, “Esse campus ajuda a trazer Nova Iorque de volta ao futuro”. Bloomberg, que é um dos maiores empresários americanos no setor de mídia e informação, foi um dos principais doadores para o novo campus.

Centro Bloomberg

Apesar de não ser formado na Universidade de Cornell – Michael Bloomberg é formado na Johns Hopkins University – decidiu doar U$ 100 milhões de sua fortuna pessoal como ajuda para a construção do campus. Com isso, a Universidade decidiu nomear um dos 3 prédios da primeira fase do campus com o sobrenome da família, homenageando Emma e Georgina Bloomberg, as duas filhas do empresário.

Como as atividades de Cornell Tech tiveram início antes mesmo da inauguração do novo campus, o conceito empregado pela universidade vem se provando acertado. A ideia de que não haverá distanciamento entre as atividades acadêmicas e o mundo empresarial, que o tecno-digital é indutor de transformações e progresso para o planeta, e que professores e alunos utilizarão ambientes abertos e integrados no seu dia-a-dia já vem gerando resultados. Dentre as mais de 500 startups no atual ecosistema da Universidade, 38 já surgiram de alunos atuantes nos programas de Cornell Tech. E agora, com a nova infraestrutura funcionando, os números devem crescer bastante.

Hyperloop Pod Design mira no Futuro dos Transportes

Revolucionar o transporte terrestre através dos Serviços Hyperloop. Esse é o propósito da competição global promovida pela SpaceX, com a participação de dezenas de equipes de vários países do planeta.

Utilizando como infraestrutura um sistema hyperloop de cerca de 1,6 km e 1,8 metros de diâmetro construído pela própria SpaceX em sua sede em Hawthorne (Califórnia-EUA), especialistas em inovação e equipes universitárias se dedicam por meses visando acelerar o desenvolvimento de protótipos funcionais dos bólidos ultravelozes. Os requisitos são que o veículo deve ter propulsão própria, e que vencerá o mais veloz.

Lançado em 2015, o concurso já realizou 2 competições, sendo a primeira em Janeiro, e a última em Agosto, ambas em 2017. Dado o sucesso das edições anteriores, a SpaceX anunciou logo após a competição passada mais uma edição do programa, que novamente reunirá os competidores, desta vez no Verão de 2018.

Inscrições abertas até o dia 29 de Setembro de 2017 no site www.spacex.com/hyperloop.

Franchising seleciona Startups

Startups com foco em segmentos de serviços, varejo, automação comercial ou outros que possam aprimorar as atividades das redes de franquias tem uma excelente oportunidade de acessar as principais lideranças empresariais do setor no Brasil.

A Associação Brasileira de Franchising (ABF) convida empreendedores com soluções inovadoras e aplicáveis às Franquias a participarem da edição 2017 do Concurso de Startups.

Com prazo de inscrição até o dia 21 de Setembro, e com banca de julgamento no dia 05 de Outubro, o concurso selecionará 3 projetos que receberão como prêmio a oportunidade de se apresentar aos franqueadores participantes da 17ª Convenção ABF do Franchising, de 25 a 29 de Outubro, na Ilha de Comandatuba! Tendo as despesas de viagem custeadas pelo concurso, os vencedores, além de apresentarem seu “pitch” no palco do evento, terão um espaço no lounge da Feira de Fornecedores de soluções para o Franchising.

É uma excelente chance para Startuppers que desejam maior visibilidade para seu negócio em um ambiente onde estarão reunidos os líderes do Franchising brasileiro, grandes empresários e potenciais investidores e/ou parceiros de negócio.

 

Serviços devem ser Exportados!

O título desta matéria – Serviços devem ser Exportados! –  sintetiza a essência de uma prática bastante saudável para qualquer economia regional ou nacional. E esta precisa ser disseminada com mais intensidade aqui no Brasil.

Neste sentido, uma importante referência na capacitação inicial de empreendedores rumo ao mercado externo acaba de ganhar nova edição revisada e ampliada. Trata-se do “Guia Básico para Exportação de Serviços“, obra sob responsabilidade da Secretaria de Comércio e Serviços (SCS) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Relacionado a segmentos como  Turismo, Logística, Tecnologia da Informação, Serviços Profissionais – Jurídicos, Consultorias, etc -, Audiovisual, Serviços Educacionais, de Saúde e outros, o Guia é uma ferramenta que dá dicas para empresas interessadas em exportar serviços e intangíveis terem sucesso no comércio exterior. A publicação traz, de forma sintética, informações atualizadas e essenciais para a participação de empresas e empreendedores brasileiros no comércio internacional.

Com este e outros instrumentos, o MDIC pretende levar para o exterior o potencial das empresas brasileiras do setor de comércio e serviços, que representaram, em 2016, 73,3% da participação no valor adicionado ao PIB do país.

Em 2016, a exportação de serviços rendeu US$ 18,5 bilhões de faturamento para cerca de 12 mil empresas brasileiras. Entretanto, o Brasil ocupa apenas a 32ª posição entre os exportadores de serviços no mundo.

Marcelo Maia, Secretário da SCS/MDIC

“Exportar serviços e intangíveis ou internacionalizar uma empresa é uma maneira de diversificar mercados, reduzir a dependência com relação ao mercado interno, aumentar a produtividade e a capacidade inovadora”, afirma o Secretário de Comércio e Serviços do Ministério, Sr. Marcelo Maia de Araújo. “Existe enorme potencial a ser explorado”, ressalta o Secretário.

Em um breve extrato do conteúdo, temos 10 dicas preparadas pelo MDIC:

  1. Estude o mercado

Fazer um estudo de mercado antes de abrir um empreendimento no exterior, ou de negociar transações de importação e exportação, é de suma importância para o sucesso do negócio. Por meio de pesquisas qualitativas e quantitativas, é possível conhecer melhor o novo mercado, facilitando o processo de inserção e adaptação. A análise de mercado consiste em um entendimento do mercado onde a empresa pretende atuar, de seus potenciais clientes, de seus concorrentes, dos demais stakeholders (agentes interessados no negócio) e do setor onde pretende atuar. As pesquisas de mercado permitem descobrir as principais características do público-alvo do negócio, auxiliando a empresa a desenvolver estratégias para atender à demanda identificada. As pesquisas podem, ainda, ajudar o empreendimento a diminuir os custos com insumos necessários à prestação do serviço, identificar parceiros, fornecedores e agregar mão-de-obra qualificada.

2. Planeje-se

A exportação não deve ser vista como uma alternativa em momentos que a economia doméstica não estiver muito bem. Ela deve fazer parte da estratégia da empresa e pressupõe a preparação para atuação no exterior. A atividade exportadora é o resultado de um planejamento estratégico direcionado para o mercado externo que envolve, entre outros, a avaliação da situação atual do mercado e das suas perspectivas, a avaliação dos objetivos almejados com a entrada em mercados externos, a análise da coerência desses objetivos com a estratégia geral da empresa e a avaliação da capacidade da empresa: física, tecnológica e de recursos humanos. O Guia Básico para Exportação de Serviços, elaborado MDIC, traz um questionário com oito perguntas que o empreendedor deve responder para saber se sua empresa está apta para a exportação.

3. Informe-se

O levantamento de potenciais mercados compradores no exterior é fase indispensável para a realização das vendas. No caso da exportação de serviços, os dados gerados a partir do registro das operações de venda de serviços no Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (Siscoserv) possibilitam identificar com exatidão a quais mercados e que serviços e intangíveis os exportadores brasileiros já possuem acesso internacional. Esses dados fornecem aos exportadores ou potenciais exportadores informações importantes sobre mercados-alvo para suas exportações ou para a internacionalização de suas empresas.

4. Cuidado com barreiras de acesso

Devem ser observadas as eventuais restrições em vigor na exportação para determinados países e as normas que regulam a entrada de divisas. O desconhecimento prévio dos procedimentos burocráticos pode inviabilizar uma exportação e gerar gastos adicionais (que têm impacto no custo final do serviço). Além disso, é importante verificar se há acordos comerciais vigentes com o país para o qual se pretende exportar, que permitam acesso diferenciado ao mercado-alvo pretendido. As questões econômico-financeiras também podem inviabilizar a manutenção ou expansão das vendas. É necessário o conhecimento prévio da regulamentação doméstica, já que podem conter barreiras sob a forma de requisitos técnicos, restrições para investimento, limitação de acesso à mão-de-obra estrangeira, entre outras. Estimativas indicam que 80% do verdadeiro ganho de uma negociação comercial entre países reside na redução de custos impostos pelos entraves burocráticos e pela regulação doméstica, bem como pela liberalização do comércio em serviços e compras públicas.

5. Conheça a tributação

Em geral, os governos evitam onerar com tributos os bens e serviços exportados, a fim de manter sua competitividade nos mercados externos. O Brasil não foge a essa regra, com dispositivos de “não-incidência” de tributação sobre serviços prestados no exterior, inclusive com respaldo na Constituição Federal de 1988. No entanto, devido ainda à falta de clareza na definição do conceito de exportação de serviços na legislação brasileira, em alguns casos o serviço exportado pode ser objeto de algum tipo de tributação. O guia elaborado pelo MDIC tem um encarte sobre tributação que busca contribuir com informações básicas sobre a tributação de serviços na exportação, enumerando os principais tributos que devem ser levados em conta pelos exportadores, de modo a auxiliar no planejamento estratégico das empresas e na formação de preço.

6. Defina um alvo para o negócio

Após analisar o setor em que a empresa deseja se inserir, é necessário identificar e conhecer mais detalhadamente os segmentos do mercado que são alvo do negócio. Nem sempre o segmento de mercado identificado com potencial exportador é aquele para o qual inicialmente se gostaria de exportar. O segmento selecionado deve ser aquele no qual exista uma demanda para o serviço ou intangível oferecido pela empresa exportadora e é definido a partir das características do serviço e do consumidor típico (idade, sexo, renda, profissão), além de fatores que influenciam diretamente no consumo desse serviço, como a localização geográfica. O segmento agrupa clientes que têm necessidades e desejos comuns e esse agrupamento faz com que as estratégias adotadas sejam mais eficazes. A empresa deverá adequar o seu serviço às exigências existentes no mercado-alvo, incluindo as governamentais (regulamentos), dos clientes (práticas comerciais) e consumidores (preferências e hábitos locais).

7. Analise a concorrência

O principal objetivo dessa análise é levantar informações relevantes sobre as empresas que atuam no mesmo segmento, no mercado alvo, tanto com relação aos serviços prestados pelas rivais, como com relação a sua organização e aos seus principais clientes e mercados. Essa análise pode ser quantitativa e/ou qualitativa. Inicialmente, o estudo deve identificar quais as principais empresas concorrentes, tanto de maneira direta como indireta. Em seguida, deve-se analisar como as concorrentes estão organizadas, conhecer seus fornecedores, seus processos. Deve-se identificar ainda os pontos fortes e fracos dessas empresas. Por fim, definir critérios comparativos entre o serviço prestado pela empresa entrante e a concorrência já estabelecida.

8. Estabeleça preços justos

O preço de venda dos serviços a serem exportados deve ser calculado de maneira que os torne competitivos com similares nacionais do país importador e com os oferecidos por outros países. Esse preço deve levar em conta todos os custos que envolvem o processo de exportação ou internacionalização da empresa. Definidos o preço e a quantidade dos serviços ou intangíveis a serem comercializados, o exportador poderá conhecer as reais possibilidades de se estabelecer no mercado de um outro país e verificar se a atividade terá efetiva rentabilidade. Para isso, é preciso calcular com exatidão os custos da comercialização, ou seja, o valor que será gasto para concretizar a venda ou transferência de intangível. Os preços devem ser estabelecidos entre os tetos mínimo e máximo. O desvio com relação a essa faixa de competitividade pode acarretar prejuízos.

9. Mantenha contato com o importador em potencial

Em linhas gerais, o contato pessoal com o mercado serve para estudar os clientes, observar a concorrência, procurar representante ou agente, promover vendas, viabilizar acordos, verificar licenciamento de direitos de propriedade intelectual, entre outras possibilidades. Para isso, a participação em feiras internacionais e outras atividades de promoção dos serviços e intangíveis no exterior é uma porta de entrada para o mercado externo. Muitas feiras e exposições também acontecem no Brasil e contam com a participação de potenciais importadores estrangeiros. Outra modalidade usada para ofertar e promover os serviços e intangíveis no mercado externo são as viagens para o exterior. Mantidos os contatos preliminares com o importador em potencial, é importante fornecer informações sobre a empresa para a qual trabalha e os serviços que pretende exportar. No kit de negociação deve constar tabelas de preço na moeda a ser negociada, documentação técnica, listas de referências, portfólio de clientes, dossiês sobre o país, cartões de visita, material de divulgação no idioma do mercado-alvo, entre outros.

10. Registre sua marca

Todo empreendedor deve registrar sua marca, seja para a comercialização no mercado doméstico, seja para o comércio exterior. Além de orientar o consumidor em suas escolhas, e tornar o seu serviço ou a sua empresa reconhecida nos países alvo, o registro de uma marca proporciona ao seu titular o direito de agir contra o seu uso indevido, protegendo o empresário de concorrência desleal. O registro da marca no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) protege a marca em território nacional. Quando o empreendedor decide exportar seu serviço ou internacionalizar sua empresa, há a necessidade de registrar a marca internacionalmente. O empresário deve efetuar uma “busca de marcas” nos Departamentos de Marcas dos países alvo para verificar se a marca de seu serviço ou de sua empresa é passível de ser registrada nos mercados alvo.

Bootstrapping Já!

Grande parte dos negócios nascentes vivem a utopia de que poderão galgar as etapas de implantação e rampagem de mercado com base em investimentos de terceiros. Com mercados cada vez mais profissionalizados e competitivos, essa utopia se prova mais e mais inalcançável para a grande maioria os empreendedores na fase de ideiação.

Portanto, os idealistas precisam buscar modelos alternativos para viabilizar a estruturação da sua startup. É aí que entra o “Bootstrapping“!

Bootstrapping é um termo usado globalmente para identificar a modelagem de negócio com base em alternativas internamente disponíveis ao próprio negócio, sem a dependência de investidores ou outros agentes externos para sobreviver e continuar ganhando clientes e faturamento. É uma forma inteligente e efetiva de construir estratégias empresariais, especialmente em tempos de mercado turbulento, pois traz ao empreendedor um maior nível de independência e autonomia para gerir sua visão negocial.

Exigindo do empreendedor um esforço adicional de planejamento no início de sua empreita, o Bootstrapping pode resultar em importantes frutos na sustentabilidade e longevidade dos negócios, além de permitir que as startups que adotam este modelo sejam mais resilientes e prosperem em ambientes onde outros concorrentes não terão capacidade para subir degraus.

Além de fazer com competência aquilo que seu negócio tem como propósito para os clientes, seguem aqui algumas dicas sobre como incorporar o Bootstrapping em sua estratégia:

Questione seu modelo Tributário

Mesmo considerando que a atividade econômica do negócio pode delimitar as opções de registro e modelos tributários, o Brasil oferece alternativas que devem ser consideradas pelo empreendedor de forma a tornar sua startup mais enxuta, flexível e menos onerosa nos aspectos burocráticos.

Geralmente, as opções oferecidas pelo Simples Nacional são as de menor carga tributária total, além de oferecerem modelos simplificados de recolhimento de impostos de forma integrada, o que elimina custos burocráticos para as empresas optantes.

Entretanto, o Simples Nacional tem limites de faturamento para as empresas optantes. Assim, com o crescimento do negócio, a análise passa a ser mais complexa, e uma boa assessoria contábil poderá oferecer ideias que preservem a competitividade do negócio, ao passo em que garantam governança às operações.

Tenha disciplina de Orçamento e Caixa

Planejar e conhecer o seu orçamento é o primeiro passo na dimensão financeira. Porém, monitorar para que este orçamento seja cumprido na fase de execução é crucial.

O otimismo na definição de despesas e receitas é um ponto a se evitar, pois fatalmente resultará em situações constrangedoras nas fases seguintes. Portanto, se certamente ocorrerão erros em seu orçamento, faça com que esses sejam por excesso de cautela.

Daí por diante, monitore suas receitas e seus gastos semanais e mensais em um fluxo de caixa até que tenha plena segurança sobre suas operações. No lado das despesas, tenha clareza sobre qual a sua taxa de gastos (“burn rate”). Isso lhe trará condições para decidir sobre cortes em despesas menos prioritárias, e reajustar seu orçamento para recuperar a margem de lucro.

Já no lado das receitas, evite alternativas abusivas de financiamento, e não realize operações alavancadas em incertezas de faturamento, como no caso dos cartões de crédito, as quais podem se acumular e inviabilizar o negócio. Por mais difícil que seja, opere dentro dos limites de recursos realmente disponíveis.

Trabalhe o seu Perfil

A arena empresarial demanda multidisciplinaridade do empreendedor, de forma a combinar virtudes e habilidades em diversos campos da administração: das finanças ao marketing, da produção ao capital humano, entre outros. Adicionalmente, boas doses de sangue-frio, resiliência e paciência serão necessárias, testando os nervos da maioria dos líderes de start-ups, qualquer que seja sua área de negócio. E esteja preparado para suprir quaisquer outras lacunas percebidas em seu empreendimento durante a jornada.

Além disso, será importante que o empreendedor esteja sempre trabalhando sua rede de contatos, interagindo com já conhecidos e conhecendo novas pessoas relacionadas ao seu mercado. Esta é uma forma prática em quase todos os ramos de atividade para se conseguir novos aprendizados, buscar mais clientes, ou melhorar sua cadeia produtiva. Conexões no mercado podem, em diversas situações, serem mais valiosas que o próprio investimento financeiro.

Em síntese, adotar um modelo Bootstrapped torna o empreendedor fortemente responsável pelo seu próprio sucesso. A boa notícia é que, fazendo corretamente, o resultado de todo o esforço tende a ser extremamente compensador, e o apetite de investidores externos poderá lhe surpreender em fases mais maduras do seu negócio, pagando bons prêmios para alavancar maiores crescimentos de um negócio lucrativo e provado.

Brand Safe!

Por Brunno Attorre (*)

Recentemente, anunciantes estão se vendo cada vez mais preocupados com o problema conhecido como “brand safety”. Para os que não estão familiarizados com o termo, “brand safe” é o jargão utilizado para indicar se um conteúdo é próprio para uma marca anunciar, ou seja, conteúdos que não contém nada ofensivo ou que podem ser vistos com maus olhos pelos espectadores.

Esse problema era quase inexistente na época em que publicidade era um processo mais manual, conduzido apenas em revistas, outdoors ou na televisão: os anunciantes diziam onde seus anúncios deveriam ir sem a preocupação de que sua marca iria ser relacionada a algum objeto ou tema ofensivo.

Brunno Attorre – CTO da URU

No entanto, avançando para o tempo atual e com o surgimento de gigantes como Facebook e Google, que fazem toda a sua propaganda de forma automática e programática, esses anunciantes se encontram numa situação delicada. Ao invés de ter total controle editorial, muitas dessas marcas e patrocinadores deixaram essa tarefa para ser realizada por algoritmos e softwares que cuidam de todo o processo. O problema disso é que, apesar dessa estratégia ser mais dinâmica e atingir um maior mercado, alguns desses anunciantes começaram a ver suas propagandas em locais totalmente inusitados: não somente próximo de vídeos de terrorismo ou anti-semitismo mas, também, próximo de conteúdos que nenhuma marca quer ter sua identidade associada como drogas ou bebidas alcoólicas.

Como solução, os anunciantes tem duas opções: ou deixam de usar essas plataformas ou começam a utilizar novas tecnologias para prevenir campanhas publicitárias de aparecer em lugares indevidos. É óbvio que a segunda opção é muito mais atrativa e, recente avanços no campo de reconhecimento de imagens e de inteligência artificial, estão tornando essa opção cada vez mais viável.

Reconhecimento de imagem, por exemplo, já vem sendo utilizado por plataformas de mídia social para filtrar conteúdo impróprio. A empresa Facebook começou a testes do uso de inteligência artificial para marcar conteúdos impróprios em vídeos ao vivo e, recentemente, anunciou que o mesmo algoritmo será utilizado para filtrar conteúdo extremista da plataforma. O Google também começou a usar inteligência artificial para encontrar conteúdo impróprio e ajudar os anunciantes a filtrarem eles de suas campanhas.

No entanto, apesar desses serem passos na direção de uma solução mais concreta para o tema, marcas não podem depender apenas das plataformas para resolver seus problemas. Os anunciantes devem (e precisam) tomar medidas para validar esses resultados e proteger a identidade das marcas que são o coração de seus negócios.

Uma solução multi-plataforma

O que esses anunciantes precisam é de uma solução multi-plataforma, que vai além do que já é feito individualmente por cada plataforma, e que utilize reconhecimento de voz, de imagem e outros algoritmos de inteligência artificial criados especialmente com o propósito de filtrar conteúdo próprio para anúncios. Essas ferramentas devem não só identificar temas ofensivos (como propagandas extremistas) mas, também, conteúdos que irão, de certa forma, afetar determinada marca, seja por conter objetos questionáveis ou por não fazer parte da mensagem que marca quer passar. E, o mais importante, é necessário fazer isso em grande escala.

Um importante aspecto da utilização dessas tecnologias é que elas precisam ir além de defender as marcas contra conteúdo impróprio: elas precisam entender qual o contexto que a marca quer se apresentar para sua audiência. Basicamente, essas tecnologias precisam ter um entendimento profundo da identidade da marca e o que sua audiência gosta e preza. Imagine um mundo onde anunciantes não somente podem mostrar seus anúncios sobre o conteúdo “brand safe” mas, também, sobre o anúncio que terá mais impacto sobre seu público alvo.

Vamos observar um exemplo: uma marca de roupas esportivas está criando uma campanha no YouTube. Por mais populares que vídeos engraçados de gatos sejam, eles não são particularmente o melhor lugar para essa marca anunciar: enquanto algumas pessoas que assistam esses vídeos podem acabar comprando uma roupa dessa marca, não existe nenhuma ligação entre o conteúdo e o que está se tentando vender. Por outro lado, uma maneira extremamente efetiva de realizar a mesma campanha é criar uma publicidade que só será mostrada sobre vídeos de esporte no YouTube, todos automaticamente detectados por um algoritmo de inteligência artificial.

Entendendo o conteúdo

No final de contas, tudo se resume a um maior entendimento. Marcas precisam ter mais cuidado e entender o conteúdo sobre o qual seu logo ou sua mensagem estão sendo associados. Fazendo isso, e com o auxílio de novas tecnologias, anunciantes serão capazes de se proteger e criar campanhas mais direcionadas, solucionando não somente o famigerado problema de “brand safety” como, também, criando melhores maneiras de atingir seus consumidores.

(*) Brunno Attorre é Mestre em Ciências da Computação pela universidade de Cornell e, atualmente, é o CTO e um dos fundadores da URU, empresa de Nova York que utiliza visão computacional e inteligência artificial para criar uma plataforma inteligente que aproxima anunciantes e criadores de conteúdo. Antes da URU, Brunno trabalhou com engenharia de software na empresa Buscapé e no banco JP Morgan.

WCIT 2017 – Taiwan recebe a Olimpíada de TI

A cidade de Taipei se prepara para receber o WCIT 2017 – World Congress on Information Technology. Considerada a Olimpíada do setor de tecnologia da informação, o Congresso Mundial de TI ocorre nos dias 10 a 13 de Setembro e tem como tema “Living the Digital Dream” (Vivendo o Sonho Digital).

Selecionado pela WITSA – World Information Technology and Services Alliance, o país hospedará pela segunda vez o Congresso global, que é uma ocasião especial para empresários e executivos do setor, bem como autoridades governamentais, acadêmicos e demais líderanças.

Com o propósito de impulsionar novos avanços, revolucionar negócios e redefinir o papel das soluções digitais para problemas atuais do planeta, experts e autoridades participarão de palestras e painéis discutindo melhores práticas empresariais, políticas para o mundo digital, tecnologias emergentes e outras perspectivas do mercado global das tecnologias da informação e comunicação.

O Histórico do WCIT

Realizado pela primeira vez 1978, o “World Congress on Information Technology – WCIT” já contou com 20 edições desde então, e se consolidou como o principal forum internacional sobre o setor de Tecnologias da Informação. Reunindo a cada edição visionários, líderes setoriais e governamentais, acadêmicos e empreendedores de todo o planeta. Com um histórico de edições de escopo e escala sem paralelos, com perspectivas amplas e de vanguarda, o WCIT se tornou fonte relevante de novos paradigmas tecnológicos, políticos e empresariais. E é esse impacto gerado pelo WCIT que o tornou conhecido como a “Olímpíada” do setor de TI global.

O 21º WCIT

A WITSA se alicerça na visão de Alcançar as Promessas da Era Digital, reconhecendo as tecnologias da informação e comunicação como habilitadoras da competitividade, da inovação, do bem estar comum, do emprego e das soluções para a sociedade. Sendo assim, seu principal evento, o WCIT, brilhará este ano em sua 21ª edição.

Desta vez, com Taiwan como anfitrião, o WCIT  ocorre em um país reconhecido como líder em TICs, sendo um dos principais fabricantes de equipamentos digitais e também um dos mais avançados implementadores de tecnologias de ponta, como aquelas voltadas às Cidades Inteligentes, Saúde, Internet das Coisas (IoT), e outras. Taiwan é uma nação intensamente inovadora, tendo sido reconhecida como a primeira do planeta a alcançar a meta de acesso universal à Internet de banda-larga para seu povo e a primeira cidade “wireless” da Terra. É hoje uma grande exportadora de serviços digitais, inclusive os de “Cloud Computing”, figurando entre as melhores no ranking de conectividade em comunicações do “World Economic Forum“.

Portanto, participar da edição de 2017 do WCIT proporcionará aos presentes a experiência de realmente estar em um ambiente onde o sonho digital já é uma realidade!

Quase R$ 10 Milhões para Startups!

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) lançou nesta quinta-feira (10) nova etapa do Programa Start-Up Brasil com um edital para selecionar a turma 5 da iniciativa, com R$ 9,7 milhões destinados a 50 projetos a serem acelerados em 2017 e 2018. Cada empresa nascente de base tecnológica poderá receber até R$ 200 mil em recursos do orçamento do MCTIC.

Participaram do anúncio o ministro Gilberto Kassab, o secretário de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, e o presidente do CNPq, Mario Neto Borges.

As 50 startups selecionadas deverão se associar às aceleradoras qualificadas pelo Programa.

O Start-Up Brasil já executou dois ciclos de aceleração, de 2013 a 2015, quando houve apoio a 183 startups, distribuídas por quatro turmas e oriundas de 17 estados e 13 países. Até o momento, o MCTIC aportou R$ 34,7 milhões a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) de startups de tecnologia da informação (TI). A iniciativa alavancou aproximadamente R$ 103 milhões em investimentos privados e gerou mais de 1.200 empregos diretos.

Ao todo, 2.855 propostas se submeteram ao Programa. O apoio contemplou startups de diversos segmentos da economia, como educação, saúde, agronegócio, biotecnologia, varejo e logística. O Start-Up Brasil promoveu integração entre empreendedores de todo o território nacional, com destaque à presença de empresas e aceleradoras das regiões Norte e Nordeste, que, a partir do segundo ciclo, ganharam espaço no ecossistema empreendedor.

Criado pelo MCTIC em novembro de 2012, o Start-Up Brasil agrega um conjunto de atores em favor do empreendedorismo de base tecnológica. O Programa do governo federal tem como objetivos apoiar projetos de PD&I de startups de TI e contribuir para o desenvolvimento do ecossistema. A iniciativa cria, ainda, momentos de interação por meio das redes sociais e de uma série de eventos como o Welcome Aboard, encontro de boas-vindas às novas turmas, e as feiras conhecidas Demo Days, para exposição das startups que estão em busca de investimentos para alavancagem dos negócios.

InovAtiva Brasil capacita em Modelagem Financeira

O Programa InovAtiva Brasil oferecerá, de 06 a 26 de novembro de 2017, um curso para empreendedores voltado à Modelagem Financeira de negócios inovadores, com o objetivo de ajudar tais empresários a fortalecer suas empresas. O InovAtiva, realizado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) em parceria com o Sebrae, é voltado para a aceleração de pequenos negócios de base tecnológica com projetos inovadores.

Logo após definir a proposta de valor do seu negócio, é essencial ao empreendedor transformá-la em números. Muitas vezes, a proposta de valor parece muito boa, mas não consegue gerar uma receita que cubra os custos de estruturação e operação do negócio. Por isso, é preciso elaborar a modelagem financeira da startup, demonstrando, quantitativamente, que o negócio poderá ser lucrativo para os sócios e potenciais investidores, ou seja, que a empresa terá uma boa saúde financeira.

Em geral, os empreendedores são muito otimistas com relação à capacidade da empresa em gerar lucros. Mas, qualquer investidor reconhece quando a modelagem financeira está frágil. Para isso, você deve utilizar técnicas que possibilitem a correta precificação do produto ou serviço e a identificação e gestão dos itens de custos necessários para a estruturação e a operação de seu negócio.

O curso ensinará empreendedores a modelar financeiramente sua empresa para interação com investidores, inclusive estimar receitas, custos e investimentos, projetar o fluxo de caixa e estimar o valor de mercado.

– Precificação: metodologias básicas utilizadas pelas empresas para definir o preço de seus produtos e serviços.

 – Precificação inovadora: mais do que calcular os custos de produção, empresas inovadoras têm utilizado novas metodologias para definir o preço de seus produtos e serviços como forma de ampliar receitas e margens.

 – Custos Pré-operacionais: a proposta de valor pode ser muito boa, mas é preciso saber quais são os investimentos necessários para a viabilizar o negócio, em termos de equipamentos, pessoas, tecnologia, etc.

– Fluxo de caixa: um dos desafios de uma startup é investir corretamente os recursos (captados ou gerados) para o desenvolvimento bem-sucedido do negócio. O fluxo de caixa é uma ferramenta que auxilia no controle financeiro do negócio, possibilitando acompanhar toda a movimentação financeira em termos de entradas e saídas de dinheiro no caixa.

– Valuation: na interação com investidores é essencial que você saiba quanto vale sua empresa. Para isso, iremos apresentar técnicas para a definição do valor de uma startup.

 – Cases reais: entrevistamos quem já passou por tudo que você está passando agora. Esses empreendedores tiveram os mesmos desafios que você está enfrentando agora para elaborar a modelagem financeira e conseguiram ter sucesso.

O curso é indicado para todos os perfis empreendedores. Se a sua empresa ainda não existe, os conteúdos desse curso mostram os elementos centrais que você precisa levar em consideração para ter um negócio bem-sucedido. Se a sua empresa já existe, é importante revisar os elementos da modelagem financeira e de valuation para identificar oportunidades para a aceleração de seu negócio.

Será ministrado pelos seguintes profissionais:

  • Luiz Caselli: sócio da McKinsey & Co. e especialistas em finanças corporativas, gestão de investimento, gestão de risco e private equity.
  • Pedro Waengetner: CEO da ACE (goace.vc)
  • Cases:

Com metodologia baseada em vídeos curtos, acessíveis pelo celular e que se encaixam na sua rotina apertada, o conteúdo apresenta uma visão geral dos assuntos, com as informações básicas e indispensáveis. Junto aos vídeos, seguirão materiais complementares para você se aprofundar naquilo que julgar importante, além de ferramentas e desafios práticos.

Colaborar, colaborar, colaborar: Na plataforma do InovAtiva você é o aluno e o professor, todas as atividades práticas são feitas para voltarem para a plataforma e receberem feedback da própria comunidade. Ajude as outras pessoas e você será ajudado, você pode fazer perguntas no fórum, indicar novos materiais e mandar mensagens privadas para outros empreendedores. A equipe do InovAtiva também fica por aqui, CONECTE-SE.

Ao final do curso, você estará preparado para começar a vender de forma mais agressiva e começar a sentir segurança para decolar a empresa.

Informações adicionais e Inscrições em http://www.inovativabrasil.com.br/plataforma/curso/detalhe/24/modelagem-financeira.

GIA seleciona start-ups no Brasil para o Slush’17

Vai até o dia 30 de Julho o prazo para inscrição de start-ups interessadas em participar do GIA – Global Impact Accelerator. O GIA é o processo gratuito de 1 semana de aceleração de start-ups de impacto oferecido pelo Slush – maior evento global de start-ups, que ocorre na Finlândia em 30 de Novembro e 1 de Dezembro.

A etapa de seleção nacional é organizada pela Equipe Hackademia, que é o Hub Manager do programa GIA no Brasil.

Este ano serão selecionadas 10 start-ups brasileiras para um Pitch ao vivo (ou via skype para os que estiverem fora de SP) em inglês que ocorrerá no dia 18 de Agosto no Cubo em SP. Essas serão avaliadas por uma banca profissional que inclui Marcio Boruchowski (CEO da Hackademia), Flávio Pripas (CEO do Cubo), Humberto Ribeiro (coordenador do programa global WEDS e curador da Epicentor) e Kim Machlup (Sócia da Mov Investimentos de Impacto).

De 1 a 2 start-ups serão selecionadas a participar do Slush e do GIA em Novembro em Helsinki, Finlândia com todas despesas pagas. Elas se juntarão ao grupo de 40 start-ups selecionadas em todo o planeta anualmente pelo programa.

As inscrições podem ser feitas clicando AQUI. Para mais informações, encaminhe mensagem para o e-mail [email protected].

Investidores anjo têm tributação de rendimentos disciplinada pela Receita Federal

Foi publicada hoje no Diário Oficial da União a Instrução Normativa (IN) RFB nº 1719/2017 que trata de questões tributárias que envolvem os aportes de capital em sociedades enquadradas como microempresas ou empresa de pequeno porte realizados por investidores conhecidos com investidores anjo.

Tais aportes decorrem de contratos de participação firmados entre as sociedades enquadradas como microempresas ou empresa de pequeno porte e o investidor-anjo.

Esse ato normativo define que à microempresa ou empresa de pequeno porte que receba os aportes na modalidade tratada no dispositivo não é obrigatória a adoção do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), assim, pode a microempresa ou empresa de pequeno porte adotar qualquer forma de tributação aceita pela legislação do imposto de renda.

Quanto a regra de tributação pelo Imposto de Renda dos rendimentos decorrentes do aporte de capital, utiliza a regressividade pelo prazo do contrato, iniciando em 22,5% para os contratos de participação de prazo de até 180 dias e regredindo até 15% para os contratos de participação mantidos por prazo superior a 720 dias.

Via de regra incidirá a alíquota mínima de 15% dado que pela definição da própria Lei Complementar nº 123, de 2006, o resgate do valor aportado somente poderá ser efetuado se decorridos, no mínimo, dois anos do aporte de capital, o que pressupõe contratos de prazo mínimo de dois anos, podendo se estender a até sete anos por limitação do mesmo texto legal.

Sofrem retenção na fonte, conforme a tabela definida no art. 5º, os rendimentos periódicos e o ganho obtido no resgate do aporte obtidos pelas pessoas físicas e pessoas jurídicas quando do seu pagamento, sendo que o imposto retido na fonte é considerado definitivo para investidores pessoas físicas e jurídicas isentas ou optantes pelo Simples Nacional.

Na hipótese do investidor anjo alienar a titularidade dos direitos do contrato de participação incidirá imposto de renda pelas alíquotas regressivas definidas no art. 5º da Instrução Normativa, com o tempo calculado entre a data do aporte e a data da alienação dos direitos.

Para os fundos de investimentos ficam dispensadas as retenções do imposto de renda nas operações do fundo, todavia no resgate das cotas aplicam-se as regras estabelecidas para os fundos de investimentos regidos por norma geral ou as regras estabelecidas para os fundos de investimentos constituídos sob a forma de condomínio fechado.

Empreendedorismo é um Artesanato, e eis porque isso é importante

Em meus mais de 20 anos como empreendedor e sete anos como educador no tema, tenho explorado se começar empresas de sucesso deveria ser ensinado como uma ciência ou como uma arte. Se o empreendedorismo é uma ciência, então eu poderia facilmente ensinar meus alunos que esses deveriam executar as ações X e Y, de forma a alcançar o resultado Z. Caso o empreendedorismo seja uma arte, então poderia ser descrito como um ambíguo processo criativo que apenas alguns poucos seletos podem perseguir como uma carreira lucrativa.

Enquanto encontro vários elementos do empreendedorismo com origem em processos empíricos, também encontro muitos outros que requerem criatividade. Procurando por um modelo mental que abranja os dois aspectos em um modelo coesivo, de forma a abordar frutiferamente o processo de startup empresarial, comecei a refletir sobre artesãos cerâmicos. Esses hábeis indivíduos incorporam arte em cada pote produzido, porém, caso não tenham o conhecimento técnico sobre os fundamentos de modelagem da argila ou barro em objetos finalizados, eles não atingirão seus objetivos. A produção cerâmica não é ciência ou arte; é artesanato, um processo que converge ambos.

As ciências são bem definidas e determinísticas; as artes são o contrário. Empreendedorismo é um artesanato que se assenta entre as duas pontas deste espectro.
Ilustração de Marius Ursache

Há algumas características da cerâmica que a enraizam firmemente ao território do artesanato, apesar de pendular entre a arte e a ciência:

É acessível. Praticamente qualquer um pode fazer um pote de barro. Não é algo acessível apenas a uma pequena elite extraordinariamente talentosa;

É aprendível. A produção cerâmica consiste de um número de habilidades fundamentais que não são óbvias caso não sejam ensinadas com as devidas particularidades, mas essas podem ser ensinadas e aprendidas. Sorte apenas não fará um artesão cerâmico;

Valoriza produtos únicos. Quando a produção cerâmica é bem feita, ela é bela e única. A meta de vários artesãos cerâmicos não é a produção em massa do mesmo item, mas sim a criação de algo novo e valorizado.

É feito com conceitos fundamentais. Quando um artesão está aprendendo a adicionar argila a uma roda de modelagem, há princípios básicos como por exemplo como usar seus dedos para modelagem de diferentes curvas, ou como calibrar perfeitamente os pedais do aparelho. Enquanto saber esses princípios não é garantia do sucesso, eles podem melhorar radicalmente as chances do artesão em dominar conceitos mais complexos mais adiante.

É melhor aprendido com a prática. Para vários artesãos, uma parte crucial da educação é a atividade prática. Compreender completamente o conhecimento cerâmico envolve não apenas o uso da roda de modelagem, mas também pontos específicos de corte, molde, ranhura, etc. Esses podem ser explicados em aulas teóricas, porém serão realmente dominados quando houver uma combinação da teoria com as atividades práticas de treinamento.

Agora peguemos essas mesmas características-chave e apliquemos ao tema empreendedorismo:

É acessível. Empreendedores tem origem nas mais diversas vertentes, frequentemente por necessidade. Em algumas partes do mundo, empreendedorismo é uma forma de vida. Assim como na cerâmica artesanal, não há nenhuma bênção especial que o indivíduo precise para começar seu negócio, a não ser o desejo e um mínimo de potencial que é inerente a praticamente qualquer pessoa. A percepção histórica tem sido de que os empreendedores foram abençoados com algo especial e são únicos de alguma forma, o que é um problema. Pensar no empreendedorismo como uma ação artesanal ajuda a corrigir este ponto.

É aprendível: Dados de vários estudos mostram quanto mais vezes você inicia um novo negócio, maior a chance de sucesso de suas novas empresas no futuro. Empreendedores seriais tem capacidade de aprender como serem melhores empreendedores. Vejo isso diariamente na sala de aula, em nosso centro de empreendedorismo e também no mercado.

Valoriza produtos únicos. Este é o principal desafio para empreendedores: criar algo único para introduzir ao mundo onde antes não havia nada como isto, ou adicionar um ajuste único para algo já existente que seja valioso o suficiente para suplantar ofertas similares de concorrentes. Essa busca por uma vantagem única é o que torna o empreendedorismo especialmente difícil. É também o que torna o empreendedorismo parecido com o que um artesão pode alcançar — o uso criativo de capacidades aprendidas, onde o resultado final é algo valioso.

É feito com conceitos fundamentais. Há vários conceitos básicos que podem ser aprendidos sobre como construir um negócio. Minha experiência pessoal é ilustrativa: minha primeira iniciativa de lançar uma empresa, a Cambridge Decision Dynamics, foi um lamentável fracasso. Eu não sabia nada sobre iniciar e operar um negócio. Achei que recursos humanos não importavam. Não compreendia o encaixe entre produto e mercado. Não tinha ideia sobre como realmente levantar capital. E não compreendia que fluxo de caixa era diferente de lucratividade — e muito mais importante, também. Compreender tudo isso e outras competências empreendedoras melhora dramaticamente suas chances de sucesso, mesmo que não o garanta totalmente.

É melhor aprendido com a prática. Enquanto conhecimento básico de negócios é importante, capacidades práticas do mundo real são essenciais para a modelagem do empreendedorismo, assim como o são para a cerâmica. A essência do empreendedorismo é a colocação de de conceitos fundamentais em prática. Muitos empreendedores antes trabalham em uma empresa ou setor, aprendem as nuances daquele tipo específico de negócio, e depois iniciam sua própria iniciativa similar ou correlata. Para os que iniciam sua carreira empreendedora através de um programa educacional de empreendedorismo, há o benefício de acesso a aprendizado com ações práticas e mentorias. Educadores precisam oferecer oportunidades que vão além da sala de aula e compreensão teórica que mergulha fundo nas aplicações práticas. Ter essas qualidades noprograma de ensino de empreendedorismo é essencial.

O que o modelo mental artesanal significa para educadores?

Pensar o empreendedorismo por esta mentalidade artesanal pode nos ajudar a encarar vários dos desafios de grande escala para os quais o empreendedorismo é tão adequado. Nossa meta no campo do ensino deveria ser a de ajudar a educar a nova geração de inovadores que podem endereçar problemas aparentemente intransponíveis em áreas essenciais como saúde, energia e outros.

No lado teórico, a educação empreendedora deve focar em construir um corpo robusto de conhecimento que codifica um conjunto comum de conceitos fundamentais estruturados para aumentar as chances de sucesso de nossos estudantes. Devemos validar esses conceitos usando rigorosas técnicas de pesquisa sobre ciências sociais. Simultaneamente, precisamos desenvolver programas de treinamento semelhantes ao artesanato sobre como aplicar esses conceitos usando modelos de atividades práticas.

Será difícil trazer educação empreendedora de alta qualidade em uma escala que atenda a toda a demanda. Deveríamos, portanto, promover o desenvolvimento de mais e melhores cursos abertos e online (como os oferecidos pela edX) para ajudar a disseminar conceitos fundamentais, enquanto, em paralelo, se desenvolvem comunidades de suporte com coaches, mentores, e especialistas que podem dar suporte a uma abordagem mais prática ao ensino.

O resultado final será duplo: Linguagens comuns e estruturas (frameworks) se desenvolverão, como visto em outros campos como a medicina, direito e economia, e profissionais atuantes vão disponibilizar sua experiência criando uma comunidade de aprendizagem prática mais coesa. Feito em paralelo, veremos uma melhoria contínua e atualizada dos conceitos fundamentais do empreendedorismo, criando um ciclo virtual contínuo de feedback.

Temos a oportunidade de criar um caminho que aglutinará milhões de empreendedores para o aprendizado que precisam para impactar positivamente o planeta. Esclarecer que o empreendedorismo é um artesanato nos permitirá desenhar de forma apropriada a solução educacional escalável que precisamos. Isso nos beneficiará a todos nolongo prazo.

* Reprodução do artigo original publicado pela MIT Sloan Review em 12 de Julho de 2017, de autoria do Prof. Bill Aulet.

Sobre o Autor

Bill Aulet é Diretor do Martin Trust Center for MIT Entrepreneurship e Professor na MIT Sloan School of Management. É autor de Disciplined Entrepreneurship: 24 Steps to a Successful Startup (Wiley, 2013) e de Disciplined Entrepreneurship Workbook (Wiley, 2017). Agradecimento especial a Nick Meyer, Entrepreneur in Residence at the Martin Trust Center, que primeiramente apresentou essa ideia.

Boston terá pesquisa de nova geração de veículos autônomos

A nuTonomy, desenvolvedora de software para veículos autônomos, e a Lyft, plataforma americana de “rideshare” (caronas), anunciaram hoje uma parceria estratégica para pesquisa e desenvolvimento visando otimizar a experiência completa de passageiros de veículos autônomos.

Nesta parceria, a Lyft e a nuTonomy alinharão suas respectivas plataformas tecnológicas de forma a adquirir conhecimento sobre todos os aspectos do transporte confortável e seguro dos passageiros, do roteamento e reserva, à performance do veículo e sua interação com os passageiros.

Para Karl lagnemma, CEO da nuTonomy, “Combinar forças com a Lyft nos EUA nos posiciona para construir a melhor experiência em carros autônomos. Ambas empresas se preocupam imensamente em solucionar questões de transportes urbanos e do futuro das cidades.”

Logan Green, CEO da Lyft, disse, “Na Lyft, imaginamos um mundo onde a propriedade do carro é algo opcional e as cidades são projetadas para pessoas ao invés de veículos. A parceria com a nuTonomy é um passo importante na concretização desta visão. A equipe da nuTonomy é pioneira no desenvolvimento de veículos autônomos, e trabalharemos juntos na integração destes veículos à rede da Lyft.”

A colaboração para pesquisa e desenvolvimento ocorrerá em Boston (EUA), com testes conduzidos na região do Raymond L. Flynn Marine Park, e nas vizinhanças adjacentes de Seaport e Fort Point.

Como redundância de segurança, um engenheiro da nuTonomy acompanhará cada viagem dos veículos durante os testes, visando observar o comportamento e podendo assumir o controle se necessário.

As pesquisas na cidade de Boston agregarão à base de conhecimento da nuTonomy, que já conta com informações obtidas em testes em rodovias e áreas urbanas que tiveram início em Agosto de 2016 em Cingapura. Um vídeo com uma viagem de teste nas ruas de Cingapura pode ser visto neste link: https://youtu.be/iP_lAjIfZwU.

Prevalência Oriental

Esta última quinzena serviu para que o planeta observasse a reafirmação de fôlego das potências asiáticas no xadrez global do desenvolvimento e da preponderância política, enquanto o eixo euro-panamericano prossegue em emboscadas internas de grandeza preocupantes.

Enquanto na semana de 14 de Maio o “país do centro”, a China, recebeu na capital Beijing chefes de estado de 29 nações para o forum global sobre seu plano denominado em inglês “One Belt, One Road” – OBOR (com tradução livre “Um Cinturão, Uma Estrada”), a “terra do Sol nascente”, o Japão, deu mais um passo rumo à nova era espacial com o lançamento no dia 1º de Junho do seu segundo satélite de alta precisão, o Michibiki 2, a partir da base de Kagoshima.

Com a China transformando conceitos e confundindo as interpretações planeta afora sobre seu modelo comunista, propondo com o projeto OBOR a evolução – ou o domínio? – de infraestruturas logísticas e a integração econômica mais intensa dentro da região e com globo, o Japão prossegue fortalecendo seu papel já consolidado de liderança tecnológica, desta vez garantindo sua independência e de seus aliados em relação à malha espacial dos Estados Unidos.

Ambos, talvez, aproveitem as incertezas e o vácuo de liderança global criado, no lado Europeu, por rompimentos na espinha dorsal do seu próprio mercado comum, e no lado das Américas por um vazio discurso do gigante do Norte de retomada da capacidade manufatureira do país, que desprestigia os ambientes multilaterais como a Organização Mundial do Comércio ou a ONU e rompe tratados que vinham em maturação como o Transpacífico, enquanto o gigante do Sul, Brasil, se embaraça em um emaranhado de corrupção e desgoverno, brincando com a acracia. Somam-se a esse contexto novos desalinhamentos vindos de países inesperados, como no caso do Catar, que teve essa semana abalos graves nas relações com sete dos seus vizinhos do Oriente Médio.

Japão e China, apesar de contarem com turbulências também em sua vizinhança, a exemplo da península Coreana, parecem não estar de braços cruzados.

Paixão do Presidente chinês Xi Jinping, o OBOR foi definido por ele como “Um projeto para o século”. E apresentando um desejo de investimento de 1 trilhão de dólares nos próximos 5 anos, tenta rebatizar o projeto para “Belt and Road Initiative”, visando acalmar os ânimos dos que desconfiam do desejo de uma conquista hegemônica chinesa na arena global. Com contratos já em andamento da ordem de 330 bilhões de dólares, o sonho chinês prevê, entre outros, a ferrovia de 12.000 quilômetros entre Yiwu e Londres, o corredor Sino-Mongol-Russo, o corredor marítimo Ásia-África e projetos em mais de 30 países, da Nicarágua ao Moçambique, e da Grécia à Indonésia. No forum de Maio, participaram os líderes dos seguintes países: Belarus, Cambodia, Chile, República Tcheca, Vietnam, Argentina, Uzbequistão, Turquia, Suíça, Sri Lanka, Espanha, Sérvia, Rússia, Polônia, Filipinas, Paquistão, Mianmar, Mongólia, Malásia, Indonésia, Laos, Quênia, Etiópia, Fiji, Grécia, Kazaquistão, Itália e Hungria.

Já o sistema de satélites planejado e conduzido pela Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa – JAXA, em parceria com a Mitsubishi Heavy Industries, proporcionará, a partir de Abril de 2018, aplicações de alta precisão em geolocalização, viabilizando novas soluções que utilizem drones, veículos autônomos e instrumentos de posicionamento geográfico sem a necessidade de uso da atual malha americana de satélites.

Assim, enquanto Europeus se engalfinham nas discussões de vizinhança e os gigantes americanos Brasil e EUA se embaraçam com problemas internos e ausência de visão estratégica, os adeptos de Sun Tzu ampliam sua autonomia logística em terra e no mar de forma a garantir deslocamento eficiente de suas mercadorias, e os súditos do Imperador conquistam importante posição nos céus que lhes trará fôlego para novos saltos tecnológicos e de serviços digitais.

Entretanto, com a presença dos líderes de diversos países na cerimônia em Beijing, com destaque para a Rússia e sua estratégica posição geográfica e extensão territorial, a ausência notada no evento de Maio foi de sua vizinha, e populacionalmente gigantesca, Índia. E esta ausência pode sim ter razões conjunturais fortes, como, por exemplo, a aproximação da China com o Paquistão indesejada pelos indianos. Mesmo assim, o movimento chinês exigirá de Nova Delhi mais do que uma abstenção. Há um novo alinhamento político e econômico em construção no seu quintal, e o segundo país mais populoso do planeta não poderá ignorar as transformações decorrentes.

Quanto à Europa e as Américas, fica a interrogação: Há como enfrentar o avanço Asiático com uma carência tão aguda de lideranças, coesão social e propósito? A próxima década nos responderá. Enquanto isso, e apesar das diferenças históricas e conjunturais entre Japão e China, ambos miram os mesmos ideogramas: 未来 ou seja, Futuro!

O carro dos sonhos dos Startupers

Mesmo em uma era em que o serviço de transporte vem se transformando rapidamente, seja pelo fenômeno dos apps de transporte individual, seja pelas promessas de novas alternativas tecnológicas como os veículos autônomos ou os drones, o glamour dos veículos próprios e de alta performance ainda gera uma ambição pessoal que, certamente, compõe parte do conjunto de desejos dos empreendedores que sonham em construir novas e grandes iniciativas lucrativas. Um desse objetos de quatro rodas que protagonizam uma saudável e ambiciosa corrida pelo sucesso empresarial é, há décadas, sintetizado na palavra Maserati!

Vem dos irmãos Maserati, no início do século passado, o espírito esportivo dos carros que levam o nome da família. Por obra destes, desde 1914 os carros brilham nas pistas de corrida e nas ruas comuns, aguçando desejos dos apaixonados por potência, com o diferencial de elegância.

Seja em 1955, seja hoje, as Maseratis são símbolo de vanguarda

Todos os carros da marca ostentam um icônico tridente, em referência à estátua de Netuno, deus dos mares, presente na Piazza Maggiore em Bologna, Itália, terra natal da empresa.

Tendo sido integralmente comprada pelo grupo Fiat em 1993, a fábrica se transferiu para a cidade de Modena e passou a ser parte do mesmo conglomerado que a Alfa Romeo e a sua arquirrival Ferrari. Dentro do grupo, a marca Maserati permaneceu independente, preservando a competitividade histórica com sua “prima”, porém tendo mais fôlego para focar em veículos mais requintados que a marca do cavalinho.

E desta tradição, que leva à convergência da competitividade com o luxo, surgem hoje os modelos desejados pelo público que, ao mesmo tempo que buscam o estado-da-arte em performance e dirigibilidade, querem sofisticação e conforto em seu veículo de uso pessoal.

Maserati Ghibli 2017

Uma destas linhas é a Maserati Ghibli, sedan de luxo que alcança os 263 km/h, e faz a aceleração de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos.

A Ghibli recebeu o mesmo nome de um vento quente do deserto Africano que sopra vindo do Sul em direção ao Mar Mediterrâneo. Com seu design deliciosamente curvo como ventos do deserto, e um motor que aquece o coração de quem está no interior do veículo, parece que o nome tem razão de ser este. Em sua versão básica, vem com um motor V6 3.0 bi-turbo de 345 cavalos e tração traseira; já a versão S, voltada a alta performance, tem 404 cavalos e tração integral como opcional. Ambas as versões têm câmbio automático de 8 velocidades. Apesar do nome que remete aos ventos quentes, a performance e conforto da Ghibli traz um novo fôlego a um mercado até aqui dominado por sedan alemães.

Maserati Quattroporte 2017

E mesmo com todo o furor criado pela Ghibli, certamente a grande estrela comercial da marca é a Maserati Quattroporte. Sedan esportivo de luxo um pouco maior que sua irmã Ghibli, a Quattroporte alcança os 307 km/h de velocidade máxima, e faz a aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 4,7 segundos. Sua atual sexta geração foi lançada em 2013, e hoje está disponível nos modelos S Q4, GTS e Diesel. A S Q4 tem um avançado sistema “four wheel drive”, com um motor V6 bi-turbo de 404 cavalos. A GTS tem tração traseira e um motor V8 de 523 cavalos. Já a Quattroporte Diesel varia em alguns mercados em que é oferecida, entre 250 e 275 cavalos. A geração atual da Quattroporte cresceu em tamanho, o que aumentou sua competitividade frente a concorrentes graúdos e poderosos, como a Mercedes-Benz classe S, o Jaguar XJR, a BMW série 7 e o Audi S8.

Detalhe do motor de uma Quattroporte V8 2017

Uma curiosidade interessante, e que para alguns pode ser o fator primordial de compra, fica por conta de um estudo feito em 2009, que comprovou que o ruído produzido pelo motor da Quattroporte teria um efeito biológico nas mulheres que o ouvem! O estudo foi conduzido pela companhia inglesa de seguros Hiscox, e incluiu diversos participantes. Todos eles ouviram uma variedade de sons de motores de diferentes carros, e, após ouvirem o motor da Maserati Quattroporte, todas as mulheres apresentaram aumento nos níveis de testosterona no sangue, o que pode ser um indicativo de agitação da libido. Ainda de acordo com o estudo, entre todos os carros testados, o som da Maserati foi o que recebeu maior resposta nos níveis de testosterona. Desde então, para proporcionar benefícios desejáveis como este também aos que não tiverem condições de comprar uma Quattroporte, a Maserati chegou a disponibilizar um ring-tone com o som da Quattroporte que pode ser baixado no celular dos interessados.

A promessa para 2018 é que a Quattroporte S Q4 passe por um upgrade de potência, chegando a 450 cavalos na versão V6, e 560 cavalos no modelo GTS V8, ambas com tração integral nas 4 rodas.

Portanto, fica aí a sugestão aos Startupers. Conquistem seus mercados! E, em seguida, encomendem a Maserati que mais gostarem…

Satélite Japonês trará Super-GPS com precisão de centímetros

Lançar um satélite que viabilize maior precisão em geolocalização, tornando possível a evolução de serviços e tecnologias de drones logísticos e veículos autônomos. Foi essa a ação concluída pelo Japão no início deste mês de Junho.

Em uma parceria do grupo Mitsubishi com a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão – JAXA, a última quinta-feira, dia 1º, marcou o lançamento do satélite Michibiki número 2. Levado ao espaço por um foguete H-IIA a partir do Centro Espacial de Tanegashima na cidade de Kagoshima, o Michibiki 2 decolou às 9:17 da manhã, entrando em órbita 28 minutos depois, conforme nota oficial da JAXA. O Michibiki 2 faz parte da nova rede de satélites que ficará em órbita estacionária sobre o Japão e regiões na Ásia e Oceania, e eliminará a dependência Japonesa do GPS Americano.

O novo satélite, que envia informações de posicionamento semelhantes às do sistema de GPS Americano, terá uma acurácia bastante superior, e disponível a aparelhos digitais como os smartfones. Comparado com os serviços públicos de GPS atuais, cuja margem de erro chega a vários metros, o novo sistema Japonês trará a precisão ao nível de centímetros. A inovadora tecnologia permitirá ao sinal de GPS ser recebido por usuários mesmo em regiões montanhosas, ou em centros urbanos com alto volume de arranha-céus.

O sistema de alta precisão terá papel significativo em diversas novas aplicações, como o controle de drones responsáveis por entregas urbanas, os carros autônomos e outras que necessitem de geolocalização. Ainda, a nova tecnologia poderá impulsionar a adoção em larga escala de soluções emergentes, como no caso da agricultura de precisão. Também no caso de desastres e emergências, a nova tecnologia permitirá a comunicação das autoridades públicas quando outras infraestruturas não estiverem disponíveis.

O lançamento desta quinta-feira foi o segundo desde a criação do projeto Japonês em Setembro de 2010, e terá ainda mais dois lançamentos até Março de 2018, sendo que o novo sistema de GPS deverá estar operacional no dia 01 de Abril de 2018. Com etapas futuras já previstas, o projeto prevê a expansão da rede de satélites até o total de sete, que, segundo Yosuke Tsuruho, Ministro de Política Espacial do Japão, ”… deverão estar em órbita até 2023, eliminando integralmente a dependência do atual sistema GPS. Prosseguiremos em nossa cooperação com os parceiros deste projeto após cumprirmos o cronograma inicial até 2018, completando a rede nos anos seguintes”.

Além do Japão, outras nações estão na corrida para eliminar sua dependência do sistema de GPS Americano. Este é o caso da Rússia, China, Índia e União Europeia. E a razão desta corrida pela independência se dá não só na camada de serviços ao cidadão, mas também na dimensão militar, visto que, também nesta área, o mapeamento, monitoramento e gestão logística são essenciais, e a dependência de outros países torna-se um risco de segurança nacional.

Cyber Cérebros gerarão bilhões aos empreendedores

Nós humanos temos uma posição destacada no planeta especificamente em razão de um fator diferencial frente a todas as demais espécies que aqui coabitam: nossa Inteligência. E desde a década de 50, alimentada por pensadores como Alan Turing, a civilização humana se encanta com as possibilidades reais ou utópicas da aplicação de algoritmos eletrônicos e mecanismos robóticos em transformar nosso cotidiano e nossas possibilidades de futuro trazendo-nos ainda mais inteligência. É a chamada Inteligência Artificial – IA.

De lá para cá, fruto de um crescimento exponencial dos conhecimentos em áreas fundamentais à maturação das inteligências artificiais, e também das capacidades computacionais disponíveis, torna-se agora possível prever um cenário onde essas tecnologias estarão amplamente disseminadas na população em um prazo de tempo bastante curto.

Com soluções já disponíveis, e outras projetadas para o futuro próximo, grandes players do setor de tecnologia começam a flertar com possibilidades interessantes.

Porém, seja agregando valor às plataformas desses grandes players, ou na ocupação de nichos ou vácuos neste novo mercado que surge, há um enorme espectro de oportunidades para exploração por parte de empresas de menor porte e de startups. Para tanto, essas precisam compreender alguns princípios estruturais deste novo mercado das IAs.

Um primeiro fundamento relevante é o da integração de teorias estatísticas de forma mais consistente nas plataformas de IA. Este fundamento terá gigantesco impacto em diversas soluções, como por exemplo no mercado de cidades inteligentes (as chamadas “smart cities”) que buscarão otimizações logísticas em tempo real e retroalimentadas por veículos autônomos – carros, drones e outros que se auto pilotam.

Outro fundamento relevante é o da capacidade de aprendizado dessas plataformas. Recentemente, essa dimensão da IA tem evoluído radicalmente, com aplicações bastante promissoras no campo da interpretação de bases de dados enormes para identificação de padrões incrivelmente complexos, como por exemplo, no campo do reconhecimento de voz que hoje é feito até mesmo em um smartphone pessoal, ou no campo da visão computadorizada com a habilidade de reconhecer objetos em bases de dados de imagens, ou, ainda, a capacidade gestual e de locomoção de robôs que se aproximam da perfeição.

E é quando novos patamares tecnológicos são alcançados em áreas complementares, como podemos ver neste momento, que a fertilidade empreendedora tende a demonstrar sua pujança. Com isso, torna-se bem fácil prever um novo ciclo de empreendedorismo inovador no campo da IA.

Cabe aqui uma ressalva quanto à necessidade de se preservar o respeito aos limites éticos e morais do uso de tecnologias tão poderosas, que ignorados poderiam criar máquinas superinteligentes cujos propósitos não necessariamente estariam alinhados com os da sociedade humana.

Portanto, podemos já no curto prazo identificar soluções de IA para consumo imediato em grande escala, como as aplicações voltadas a Assistentes Pessoais, a exemplo da Apple Siri, Microsoft Cortana, Amazon Echo e Alexa, Google Assistant e outras. Essas aplicações tendem a gerar oportunidades específicas para empreendedores de nicho dentro da sua própria plataforma, mas também criam mercado para serviços digitais verticalizados e especializados que poderiam funcionar isoladamente, ou integrados às demais plataformas de Assistentes Pessoais. Para ilustrar, vejamos que uma empresa que se dedique a inteligência artificial voltada ao mercado financeiro, à logística turística, ou à saúde pessoal, poderia prover seus serviços como um assistente pessoal especializado aos seus usuários, ou como um “add-on” da Siri ou da Cortana.

Obviamente, os exemplos utilizados acima, que ilustram soluções de implementação de curto prazo, apenas arranham a superfície de um tema com potencial tremendo de transformação na sociedade humana.

Portanto, é hora dos empreendedores novamente colocarem mãos-à-obra. Enquanto visionamos uma nova onda empreendedora com base nas IAs, devemos garantir que o raiar dessas novas possibilidades nos impulsione a novos patamares em campos como o da Educação, Saúde, Bem-estar e Produtividade.

Inovativa Brasil ensina sobre Acesso a Capital

O INOVATIVA BRASIL, programa do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) voltado ao desenvolvimento das Startups Brasileiras, oferecerá curso voltado ao Acesso a Capital de 03 a 21 de julho de 2017.

Startups são negócios em estágio inicial e por isso não se espera que deem lucro no início. Por esse motivo, a busca por recursos para manter as operações da empresa é uma das grandes preocupações de qualquer empreendedor. Voltado a empreendedores e a interessados em empreender, os conteúdos desse curso vão ensinar aos participantes a identificar as fontes de recursos disponíveis à sua Startup, o momento certo para captá-los e, ainda, aprenderão a negociar com investidores.

O mercado brasileiro de capital de risco ainda está em estágio de amadurecimento, mas já há inúmeras fontes de financiamento, públicas e privadas. Cada fonte de recursos tem a sua lógica própria, se destina a financiar certos aspectos do negócio e atende a empresas de níveis específicos.Conhecer e entender cada fonte de recursos, a hora certa de começar a captar e se preparar para o contato com os investidores (antes e após o investimento) são os objetivos desse curso.

Seguindo uma metodologia de ensino com base em vídeos curtos, acessíveis pelo celular e que se encaixam na sua rotina apertada, o curso disponibiliza uma visão geral do tema, com as informações básicas e indispensáveis. Junto aos vídeos, são oferecidos materiais complementares para que o participante se aprofunde naquilo que julgar importante.

O curso cobre os seguintes temas:

  • Fontes públicas e privadas de recursos: quais são e a que se destinam;
  • Pitch: como estruturar uma apresentação para investidores de forma sucinta e persuasiva;
  • Negociação: quais são as principais cláusulas que em geral estão em jogo no momento do investimento;
  • Cases reais: entrevistamos empreendedores de tecnologia que passaram por todas as etapas de investimento e abordamos os principais erros, acertos e preocupações durante e após o processo de captação.

Ministrado por investidores profissionais, empreendedores que já conseguiram captar investimentos para seus negócios e por profissionais de consultoria em captação de recursos, este curso conta com os seguintes professores:

  • Cássio Spina: Fundador da Anjos do Brasil
  • Tiara Bicalho: Gerente de Inovação da Inventta BGI
  • Rodrigo Gutierres – Sócio-Fundador do Convés Criativo
  • Verônica Mussi: Sócia-Fundadora da Pin People
  • Cases: Norberto Dias (Ahgora) e Anderson Nielson (Chaordic).

Por que Algumas Inovações Pegam?

Do original: “Why Do Some Innovations Stick? Quite Simply, Because They’re Better“, por Dylan Walsh, Stanford Graduate School of Business.  Tradução por Epicentor.


O que distingue o Google do WebCrawler ou AltaVista? Por que DVDs, e não Laserdiscs? Por que algumas inovações obtém sucesso enquanto outras não decolam?

A resposta é complicada. Porém um fator que tem sido evidente desde que os acadêmicos iniciaram a explorar esta questão é que as invenções de sucesso agregam inspiração de um conjunto de disciplinas. “Pesquisas indicam que as inovações de maior impacto combinam tecnologias ou ideias ou conhecimento que pessoas tipicamente não imaginam trabalhando em conjunto,” diz John-Paul Ferguson, Professor assistente de comportamento organizacional na Stanford Graduate School of Business. Entre as patentes, por exemplo, aquelas com fundações tecnológicas amplas tendem a ser mais influentes em patentes subsequentes.

Mas é este o cenário completo? Curioso, Ferguson e o co-autor Gianluca Carnabuci da ESMT Berlin se debruçaram a pesquisar registros do Escritório Europeu de Patentes. E eles encontraram uma história com mais nuances. Enquanto patentes amplas são, realmente, mais influentes que patentes focadas em um tipo único de tecnologia, sua complexidade também aumenta a barra do processo de aprovação; a invenção precisa ser mais atrativa aos examinadores  que analisam as patentes afim de receberem o sinal positivo. Como resultado, diz Ferguson, essas inovações são mais influentes não apenas porque são multidisciplinares, mas também porque precisam ser realmente melhores para passar pela aprovação da patente.

“Combinar partes díspares de conhecimento gera benefícios reais à inovação,” ele explica. “Mas esses impactos são excessivos se isso também torna mais difícil o processo de aprovação da patente.” Ele compara a situação ao “efeito do jogador negro de beisebol” dos anos 50.

Comparando-se as estatísticas dos atletas de beisebol brancos e negros na década de 50, identifica-se que os atletas negros, em média, superaram os jogadores brancos em praticamente todos os critérios. Porém, seria um erro atribuir essa excelência atlética a uma eventual superioridade de raça. “O que observou-se é que para que um negro fosse contratado pelas principais equipes daquela época, este teria que ser, realmente, um jogador superior.” O mesmo, ele diz, vale para patentes: Para uma patente complexa ser aprovada, uma invenção terá que ser superior às demais invenções correlatas.

Esses resultados, que foram publicados na Organization Science, contém implicações interessantes para o mundo da inovação. Para começar, explica Ferguson, o atual regime de patentes é frequentemente criticado pelo excesso de leniência. “Uma premissa dos usuários é que praticamente nenhuma patente é rejeitada, e que os órgãos de patentes são meros protocolos com carimbos,” diz Ferguson. A consequencia é um denso emaranhado legal no qual figuras míticas constantemente monitoram seus impérios de propriedade intelectual. Qualquer que seja o mérito desta preocupação, Ferguson entende que essa perspectiva ignora o fato de que, quando se trata de invenções criativas não-usuais, os examinadores de patentes tendem a ser bastante rigorosos. “Isso é algo que tendiamos a ignorar,” ele diz. “Não imaginamos que o tamanho deste efeito seja enorme, mas, dada a raridade das invenções disruptivas, quaisquer obstáculos a essas devem ser analisados.”

De forma geral, essas evidências despertam considerações importantes para qualquer mercado em que algum tipo de guardião — examinadores de patentes, neste caso — controle o fluxo produtivo. Ferguson explica que uma das premissas básicas na economia é o reconhecimento da sabedoria popular; essa sabedoria ajuda a discernir valor. “Mas, em muitos casos, o conjunto de coisas que um mercado pode se focar é filtrado por especialistas,” ele explica, e assim a sabedoria popular não é aplicada a alguns produtos e serviços. Isso não é, necessariamente, problemático se o grupo responsável pela filtragem representa com precisão os usuários finais. “Mas quando os guardiões que decidem o que disponibilizar ao público tem incentivos diferentes dos desse seu público, podemos começar a ter efeitos negativos.”

Por exemplo, considere Hollywood. Caso os produtores que aprovam os filmes operem por um conjunto de critérios financeiros que sejam completamente irrelevantes aos consumidores, então haverá um conjunto de filmes que o público nunca chegará a avaliar, e que as forças de mercado nunca chegarão a definí-los como sucessos ou fracassos. “Assim, nosso senso do que poderia ser lucrativo é, de certa forma, artificialmente moldado com o passar do tempo,” diz Ferguson.

Enquanto o tipo de filme a ser produzido pode parecer relativamente insignificante, exemplos mais sérios são facilmente imagináveis: Como o processo de análise das Agências Governamentais de Vigilância Sanitária afeta a vida de pacientes?  Como os padrões federais de pobreza afetam famílias de baixa renda marginalizadas?  Ou como as decisões do Congresso em promulgar uma lei e não outra pautado por votos de eleitores afetam os fundamentos operacionais de um país?

Independente do caso, Ferguson aponta que este processo de filtragem merece escrutínio. “O problema não é a existência dos guardiões em si. Mas os problemas podem aparecer rapidamente quando os critérios considerados por esses guardiões são consideravelmente diferentes dos do público para quem um produto ou serviço é direcionado.”

O EDIT promete ser o futuro do automóvel

Após apresentar seu primeiro modelo, o TABBY EVO, no evento Y Combinator (W16) no Vale do Silício, o empreendedor Tin Yang Liu e sua irmã Yuki Liu tiveram sua rotina alterada. Além do capital inicial de estímulo para a sua iniciativa, receberam milhares de perguntas e contatos vindos de todas as partes do planeta. Afinal, produzir o 1º carro elétrico “open source” (ou de padrão aberto) foi realmente algo marcante.

Porém, apesar de sua simplicidade, o TABBY EVO despertou grande entusiasmo no mercado, iniciando uma revolução que empoderou diversos outros empreendedores a iniciarem suas próprias empresas de veículos elétricos usando a plataforma aberta pela OSVehicle. Mas os irmãos Liu queriam mais!

Ainda em 2016, começaram a trabalhar sigilosamente em um novo projeto, aproveitando todas as informações e interações que receberam nas conversas planeta afora. Entenderam que, para muitas pequenas empresas e startups, o desejo de entrar na nova indústria da mobilidade precisava acontecer por meio de soluções que não pudessem ser feitas pelas grandes montadoras.

Porém, barreiras surgiram:

  • para muitos, o tempo de ida ao mercado era muito longo, mesmo com a redução pela metade proporcionada pelo TABBY EVO;
  • o investimento de alguns milhões de dólares era um impeditivo;
  • a customização do veículo é uma necessidade, não apenas para consolidação de marcas específicas (“branding”), mas também para a adição de características específicas para determinados mercados e para os avanços dos veículos autônomos e conectados;
  • Serviços estão crescendo, mas a maioria dos serviços relacionados a transporte passam por enorme esforço que recupere a sustentabilidade financeira e ambiental do setor, visto que utilizam veículos tradicionais e não concebidos para seus serviços específicos, que, em vários casos, se quebram em menos de 2 anos de uso intenso;
  • as startups de veículos autônomos se desdobram em engenharias reversas e integrações de inovações visando eficiência de custos para os atuais modelos de veículos disponíveis no mercado.

A solução?  O OSVehicle ‘EDIT’!

Prometendo ser o futuro da indústria automobilística, o EDIT é um veículo autorizado a rodar em vias públicas. Foi desenhado e desenvolvido na Itália voltado à prestação de serviços, com uma plataforma inteiramente modular, o que permite enorme adaptabilidade dos veículos a situações diversas de uso. Além disso, a plataforma modular permite que os veículos sejam considerados “à prova do futuro”, visto que poderão sofrer consertos e reparos, ou incorporar novas funcionalidades e partes sem que se necessite trocar todo o carro.

O EDIT já nasce com dirigibilidade autônoma em nível 5 – ou seja, aquela em que não há nenhuma necessidade de intervenção humana – e prometem uma longevidade 10 vezes maior que os veículos tradicionais, além de poderem operar 24 horas por dia, o que otimiza os custos operacionais e torna os serviços logísticos mais eficientes.

Segundo a OSVehicle, o EDIT é customizável, modular, atualizável. Feito para durar.

Portanto, dê boas-vindas ao ‘EDIT’!

Alternativas para o resgate da Governabilidade Brasileira

Dr. Bessa Rodrigues

Reprodução do artigo do jurista Caio Leonardo Bessa Rodrigues ao blog The Elephant & Bucket.

Praça de Maio II

Pois 17 de maio de 2017 entrou mesmo para a História, não por dele surgir um salvador, mas sim o grande íncubo que agia sob as vestes e entre as ancas de Marianne.

Joesley Batista aparentemente cansou-se da lascívia desta República. Os Batistas conquistaram o mundo com apoio do Governo Lula, e passaram a ser perseguidos por isso. A Operação Carne Fraca, que afetou globalmente o grupo e o setor de processamento de proteína animal, foi a gota d’água. As instituições que os fizeram grandes estavam agora os fazendo perder dinheiro. A resposta do Governo brasileiro para segurar o impacto negativo foi eficiente e rápida. Henrique Meirelles, ministro da Fazenda e ex-presidente do Conselho de Administração da JBS, assistiu essa reação de dentro. Mas a reação da JBS foi muito além de acalmar mercados.

Armaram o que não se pode qualificar senão como um gigantesco golpe na classe política; no MP e no Supremo, que manipularam; e no mercado, com o lance final de especulação com ações do próprio grupo e com o câmbio, logo antes de abandonarem o País com toda a família, em grande estilo, para humilhação geral do povo brasileiro, que agora tem de lidar com os escombros que restaram.

De tudo que se seguiu à arrasadora passagem de Joesley Batista pelo palco central da República, resultaram até este meio de domingo moções institucionais pela renúncia do Presidente, pedidos de abertura de processo de impeachment, a usual guerra de versões, a defesa da manutenção do mandato pelo próprio presidente e a busca de soluções dentro – e fora – da institucionalidade.

A queda de Temer interessa a muita gente, mas por razões contraditórias:

a) Ao corporativismo do STF e do MP, por causa da reforma da Previdência: sem Temer, sem reforma, logo ficam mantidos seus privilégios;

b) À banca, também por causa da reforma da Previdência, mas pelo motivo oposto: com Temer, reforma fraca. Melhor pôr Meirelles, que é, by the way…, ex-JBS;

c) A duas correntes do MP: a da Lava Jato e a do legalismo, que vê abusos na condução da operação e excesso de parcimônia no trato do PSDB e do PMDB.

d) O grupo Globo assumiu protagonismo visceral com a escalada pela derrubada de Temer, diferentemente da grande imprensa. Investimento estrangeiro condiciona aportes a segurança jurídica e contas públicas na ordem que lhes convém. Isto talvez explique aquilo.

e) A Oposição ter interesse na queda de Temer, bem, é chover no molhado.

Como o presidente diz que não renuncia e um processo de impeachment tomaria meses preciosos ao País, o TSE ganha peso como arena de embate. Nela, a cassação da chapa já é dada como certa, rápida e indolor, isto se a derrubada do presidente seguir conveniente nos próximos dias.

Nesse contexto, cresce o debate sobre se é caso de anulação ou nulidade da chapa. Anulação da chapa teria efeito ex nunc: por essa tese, ela foi constituída regularmente, mas foram cometidos ilícitos ao longo da campanha, caso em que a chapa seria cassada com efeitos na data da decisão, decisão esta que implicaria a assunção da Presidência da República pelo Presidente da Câmara, que teria a obrigação de convocar eleições indiretas – ou seja, votam os membros do Congresso Nacional.

Nulidade teria efeito ex tunc: nada da existência de chapa teria efeito jurídico. Para isso, seria preciso que a chapa não pudesse sequer ter sido constituída, como no caso de o partido não existir regularmente: sem partido, não é possível chapa, logo ela nunca teria existido. Os defensores dessa tese querem que dela decorra eleição direta para Presidente.

No caso concreto da chapa Dilma/Temer, a cassação está posta em causa por irregularidade em doação, mas nem toda doação foi irregular. Ou seja, tudo está regular, exceto parte das doações. Isto é caso de mera anulação, com efeito a partir da sentença, o que nos levaria a eleições indiretas.

A diferença em termos políticos entre eleição direta e indireta, hoje, é que, na indireta, será possível buscar construir uma candidatura de consenso, num momento em que o sistema representativo está em questão e toda a classe política está devastada.

Já a eleição direta traria 2018 para hoje e imporia ao eleitor a escolha de nomes entre os pré-candidatos Bolsonaro, Lula, Ciro, Marina, Dória ou Alckmin. A eleição de qualquer deles nos manteria na tensão social em que estamos, e em nada superaria a crise de representação.

Um candidato de consenso pela via indireta pode arrefecer os ânimos, se escolhido com perfil moderado e palatável a um amplo espectro político. Para isso, será melhor que esse candidato não seja integrante do Executivo, do Legislativo, do Ministério Público e nem da parcela nevrálgica Judiciário. Que venha ou da sociedade civil ou da parcela que resta ainda venerável do Supremo Tribual Federal de hoje ou de ontem.

Joaquim Barbosa tem um perfil explosivo indesejado, e a figura hagioplástica de Ayres Britto no Planalto parece presa fácil para os carcarás da planície. Nas conversas em Brasília, os nomes mais aceitáveis são os de Carmen Lúcia, que teria de abandonar o Supremo porque não pode acumular cargos; e Nelson Jobim, nome moderado e de bom trânsito entre políticos, militares e imprensa. O de Ellen Gracie aparece discretamente, como lhe convém: seria um nome para manter Carmen Lúcia no Supremo e ter o respaldo político de Jobim, caso sua vinculação ao PMDB gere atrito, o que não parece ser o caso.

No entanto, o bom de vários desses nomes, que é não terem vínculo partidário, pode ser impedimento para sua candidatura. De regra, só pode ser candidato quem é filiado a partido político.

Quem apostou alto em Temer tem Meirelles, nome vinculado à banca e, agora, inevitavelmente à JBS.

A sociedade civil, no entanto, ainda não gerou um nome. Luis Carlos Bresser Pereira lidera o pensamento econômico que está em contraponto ao representado por Meirelles.

Há uma responsabilidade histórica a ser assumida por todos. Que ela se traduza em um nome de consenso é o melhor cenário para o Brasil.

Vinhos em reuniões de negócio

Partindo do princípio que sua empresa já operando, ou mesmo sua ideia de Startup, despertará interesse de potenciais investidores, parceiros e clientes, não faltarão oportunidades para reuniões que aproveitem as agendas durante almoços e jantares de negócio.

E, de forma cada vez mais frequente, a harmonização entre os pratos e a bebida servida nessas ocasiões pode representar um diferencial interessante para o desenrolar da conversa e para o fortalecimento de laços de confiança.

Neste contexto, dificilmente uma outra bebida pode superar o vinho, dada sua diversidade que certamente acolhe os mais diferentes paladares e bolsos, ao mesmo tempo em que agrega elegância e sobriedade ao ambiente. Além disso, dada a riqueza de origens regionais, tipos de uva, safras e outras características, uma garrafa de vinho à mesa pode ser um excelente pretexto para conversas sobre história, geografia, política e, até mesmo, economia.

É aí que, logo no início do seu encontro empresarial e gastronômico, surge a questão: Que vinho escolher?

No mundo dos negócios, os indivíduos tendem a julgar e serem julgados por praticamente qualquer ato que realizem. A desenvoltura e habilidade em se escolher um vinho não foge a essa regra, podendo ter um significado bem mais relevante que o devido.

Fato é que se espera que as pessoas de sucesso tenham capacidade de fazer boas escolhas, identificando o melhor valor. E, quanto à escolha de vinhos, isso não é diferente, o que colabora para que a parcimônia de preços seja considerada por todos os presentes como parte relevante na avaliação do custo-benefício da garrafa escolhida. Portanto, para alívio do bolso, não necessariamente a garrafa mais cara será a mais apreciada, ou mesmo gerará a melhor impressão em seu interlocutor.

Pois bem, aqui vão algumas dicas para simplificar uma questão que poderia ser complexa, e ainda transformá-la em uma ótima oportunidade de interação prazerosa com seu interlocutor:

1° passo: Pesquise previamente

Caso o restaurante em que foi agendado seu encontro disponibilize online a lista de vinhos, consulte previamente a mesma, buscando detalhes sobre aqueles que lhe parecem mais adequados. Há excelentes serviços online e aplicativos que oferecem informações detalhadas sobre os rótulos, safras e avaliação dos que já os degustaram. Com isso, você chegará ao encontro já ciente de boas alternativas para a ocasião.

Caso o restaurante não ofereça a lista para uma consulta prévia, ao menos verifique os tipos de vinho adequados para uma harmonização com o menu deste restaurante. Há sempre tipos de uvas e regiões de origem que são histórica e notadamente compatíveis com determinadas comidas. Por exemplo: o Sauternes Francês com fígado de ganso, ou o Malbec Argentino com carnes bovinas, ou ainda um Barbera com a gastronomia do Norte da Itália.

2° passo: Sonde o Interlocutor

Seu interlocutor se sentirá prestigiado caso você pergunte a ele se tem preferência por alguma uva ou região. Mesmo não tendo uma resposta detalhada, a opinião do interlocutor poderá lhe ajudar a melhor definir seu espectro de escolha, pois há pessoas que não gostam de determinados tipos de vinhos, ou apreciam outros tipos. Por exemplo, entre os vinhos brancos, pode-se escolher desde os leves Sauvignon Blanc, passando pelos de corpo intermediário como os Pinot Grigio, até os encorpados da uva Chardonnay, e ter uma noção da preferência do seu interlocutor poderá lhe ajudar na escolha certa.

3° passo: Consulte o Sommelier

Pessoas competentes no ambiente empresarial sabem delegar. Sendo assim, consultar o sommelier do restaurante pode ser bastante interessante. A dica é que, ao chamá-lo, consulte sobre um vinho interessante e na faixa de preços que você deseja gastar. Diga algo como “Esta garrafa me parece interessante, mas talvez você tenha algo melhor a nos sugerir?”, apontando para o preço da garrafa. O profissional vai compreender e lhe apresentar as alternativas mais adequadas.

4° passo: Você experimenta

Quando a garrafa chegar à mesa, o garçom vai abri-la e oferecer a rolha a um dos presentes. Solicite que seja você!  Assim, será possível uma avaliação rápida e simples de sua parte para verificar se a rolha tem um leve perfume adequado – foge do cheiro de vinagre – e mantém uma consistência firme – rolhas apodrecidas podem indicar uma bebida estragada.

Estando tudo certo com a rolha, solicite que seja servida uma pequena quantidade em sua taça. Esta quantidade deverá ser também observada para verificar se sua cor, aroma – o famoso buquê – e sabor estão adequados. Estando tudo certo, autorize o garçom a servir ao seu interlocutor, e posteriormente completar sua taça.

Em caso de dúvida

Caso mesmo com as dicas acima você ainda não tenha segurança de como proceder, a dica final é: Não tente disfarçar conhecimento! Essa pode ser uma das piores atitudes. Ao invés de correr o risco de ser percebido como um charlatão, seja percebido pela humildade em reconhecer seu desconhecimento dirigindo-se ao seu interlocutor e perguntando algo como “Apesar de adorar vinhos, não sou um expert no tema. Quem sabe você tem mais experiência que eu para escolher uma boa garrafa para nossa refeição?”. Acredite, deixar seu interlocutor fazer as honras também poderá somar pontos em sua construção de um relacionamento de confiança mútua.

Chineses ajudam novo recorde da Nasdaq

Vivendo um período de grande entusiasmo, a bolsa de ações Nasdaq experimenta uma rotina de crescimento praticamente contínuo desde Novembro de 2016.

Crescimento praticamente linear do índice Nasdaqu nos últimos 12 meses

E hoje o dia não foi diferente, com o índice composto Nasdaq fechando com um crescimento de 0,33%, apesar de uma baixa que assustou o mercado no final da manhã.

As ações com maior volume transacionado não foram grandes surpresas, com empresas como Microsoft, Apple, NVidia e Intel entre as que lideraram as negociações. Porém, boas surpresas entre as ações que mais cresceram foram as empresas Chinesas, em especial a Weibo – conhecida como o Twitter da China – e a Sina.com, empresa de telecomunicações controladora, entre outros, do próprio Weibo.

Desce e sobe do dia na Nasdaq

Enquanto a Sina.com teve uma valorização forte de 17,81%, com volume de transações com crescimento diário de mais de 1.200%, a Weibo subiu 25,06%, tendo seu volume de transações também crescido 878% no dia.

Pelo visto, vão além da infraestrutura e do escoamento de bens os efeitos do novo plano Chinês de integração econômica anunciado essa semana com o nome de “One Belt, One Road”.

Disrupções desembarcam em Nova Iorque

Apresentar startups revolucionárias, introduzir tecnologias transformadoras e discutir inovações com as principais mentes empreendedoras do planeta. Com esses propósitos ocorre esta semana, do dia 15 ao dia 17, em Nova Iorque, o evento Disrupt NY 2017.

Reunindo várias das principais personalidades globais do mundo do empreendedorismo, incluindo investidores, startupers, hackers e nerds tecnológicos, o evento contará com palestras e mesas redondas nos palcos, enquanto realiza competições entre startups – a Startup Battlefield competition – Hackathons 24 horas e “Becos” temáticos, além de eventos “After Parties”. Alguns workshops paralelos também prometem, como os que tratarão de Inteligência Artificial, Power Pairing e de Progressive Web Apps.

E, caso o aquecimento para o evento seja um indicador do que está por vir, o Disrupt NY deste ano promete. Neste Domingo, véspera da abertura, teve início o primeiro round do Hackaton já contando com mais de 750 engenheiros e designers em cerca de 90 times de solução. Nesta prévia, três das equipes já foram premiadas por soluções inovadoras: a ReVIVE, a CodeCorrect e a Waste Not.

Portanto, empreendedores fiquem de olho, pois o Pier 36 de Manhattan será, nos próximos dias, o centro de atenções do mundo das startups.

Windows Story Remix quer tornar você um designer audiovisual

Um movimento da gigante Microsoft ocorrido nesta última quinta-feira, durante seu encontro global Build 2017, causou furor em desenvolvedores e profissionais das artes gráficas de todo o planeta. Trata-se do anúncio de seu novo aplicativo de edição e produção de vídeos integrada ao Windows 10, o Windows Story Remix.

Anunciado como uma ferramenta para transformação de fotos e vídeos, o Story Remix incorpora capacidades de inteligência artificial que podem representar mais que um movimento da Microsoft rumo ao mercado de vídeos domésticos. Talvez, este aplicativo, aliado às funcionalidades da Cortana e da Timeline do Windows 10 e do Onedrive, represente um passo consistente na disputa com suas rivais Apple e Google (ou Alphabet) na corrida pelo pioneirismo tecnológico com base em Inteligência Artificial disponível aos consumidores e usuários finais.

Voltando ao aplicativo, o Story Remix empodera os usuários do Windows a criar ótimos audiovisuais utilizando fotos, vídeos e músicas. Iniciando por uma funcionalidade de sugestão de estórias, concentradas em uma página de Exploração que aglutina toda a sua coleção de mídias, o usuário recebe ideias para despertar sua criatividade na produção do seu material. Com base nessas sugestões, ou em seu próprio interesse, o criador pode definir o fluxo e os conteúdos que deseja incorporar, bem como os aditivos que trarão apelo e atenção dos espectadores à sua obra.

Mas a brincadeira fica mais séria quando as funções de realidade virtual e objetos 3D são usadas, incorporando novos elementos às suas fotos e vídeos. E tudo isso é complementado pela busca inteligente, que aciona a inteligência artificial do sistema, neste exemplo a “image recognition technology”, para encontrar, marcar e acompanhar pessoas, locais, objetos e eventos no material em produção.

Funções como esta não são exclusivas ao Story Remix. A Microsoft já vem incorporando códigos de “deep learning” que permitem que os computadores pessoais aprendam com seus usuários, de forma a facilitar atividades e aumentar a produtividade de todos. É o caso do Skype, que também utiliza o “deep learning” para realizar, em tempo real, tradução de telefonemas entre usuários falando idiomas diferentes.

Espera-se, portanto, que uma nova geração de aplicativos, inclusive o Story Remix e o Skype, estejam disponíveis nos próximos meses para os consumidores, fortalecendo a posição da Microsoft no mercado de tecnologia de alta produtividade para uso doméstico.

Skate? Não… é um e-Board!

A passeio ou em deslocamento ao trabalho ou à escola, uma nova prancha inteligente (“smart board”) promete transformar o transporte individual urbano no futuro próximo.

Trata-se da SPECTRA – e-Board Portátil e Inteligente – anunciada pela Walnut e em processo de crowd funding durante este mês.

Segundo a fabricante, o usuário levaria apenas 5 minutos para dominar o uso do inovador veículo pessoal. Equipada com tecnologia de ponta, a Spectra tem sensores de pressão e giroscópico, motores hub de 3,1 polegadas que vencem subidas de até 15 graus, além de super freios inteligentes que se ativam assim que o usuário desce da prancha. Com o peso do próprio corpo, pode-se acelerar ou frear o veículo, o qual, em seu modelo mais veloz, pode atingir 32 km/h, com uma autonomia de mais de 18 km com uma única carga.

Produzida em fibra de carbono levíssima e resistente e medindo cerca de 50 cm, a Spectra é bastante portátil, podendo ser facilmente carregada ou anexada a uma mochila. E, para a segurança do usuário em relação a outros veículos, a prancha inteligente conta ainda com luzes LED na frente e atrás, que indicam sua localização e direção a quem estiver nas proximidades. A Spectra utiliza carregador magnético, que abastece plenamente a carga em 90 minutos.

Inscrição para Startup Indústria vai até dia 12

Vai até a próxima sexta-feira, 12 de Maio, o prazo para inscrição no Programa Startup Indústria, que tem o objetivo de promover o ambiente de negócios entre startups e indústrias, atuando com foco em ações de integração digital das diferentes etapas da cadeia de valor dos produtos industriais.

Iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) em parceria com instituições públicas e privadas, o Programa é resultado da interação com o mercado por consulta pública encerrada em 23 de fevereiro de 2017, com mais de 1000 participantes.

Etapas do Startup Indústria

Os benefícios prometidos pelo Programa para Startups contemplam o acesso a mercados via negociação bem sucedida com a venda do Piloto para a indústria, além da oportunidade de aporte financeiro entre R$80.000 e R$ 700.000. As Indústrias ganham pelo acesso a novas soluções de startups sem aporte financeiro. E para Instituições de Apoio ao Desenvolvimento de Negócios, o Programa traz o benefício de compartilhamento de risco e acesso a startups com alto potencial de negócios com a indústria.

Para o presidente da ABDI, Guto Ferreira, “A conexão entre o ecossistema de startups e as indústrias podem trazer benefícios de redução de custos e ganhos de competitividade, dando passos importantes para a construção da nova economia brasileira”. Entidade parceira do Programa, o SENAI aposta no caminho da inovação para contribuir com a competitividade industrial nacional. Segundo seu diretor nacional, Rafael Lucchesi, “Essa é uma agenda extremamente importante para a capacidade produtiva da indústria brasileira e para o desenvolvimento nacional”.

O interessados devem conhecer o edital e se inscrever por meio do link https://startupindustria.com.br/home/.

Amazon pronta para lançar nova versão do Echo

Rumores de mercado apontam para o lançamento nesta terça-feira, dia 9, da nova versão do assistente residencial dono de quase 70% do mercado norte-americano: o Amazon Echo.

Segundo o WSJ, desta vez a gigante do e-commerce, que saiu na frente no mercado de assistentes, estaria adicionando uma tela touchscreen de 7 polegadas ao aparelho, o que sugere uma nova série de funcionalidades, como vídeo-chamadas, navegação internet, catalogação de músicas e outras informações visuais.

Nos últimos dias, diversos veículos de comunicação tem publicado imagens de um aparelho que supostamente seria o novo Echo, sendo que essas imagens estão provocando reações adversas. Comentários de leitores trazem elogios às novas funções que estariam sendo adicionadas ao Echo, enquanto outros criticam o visual por ser antiquado e feio, o que atrapalha a integração do aparelho à decoração do ambiente.

Caso se confirme o lançamento, estará aberta uma nova etapa na disputa entre o líder de mercado Amazon Echo e seu concorrente mais próximo, o Google Home. Prevê-se que, com a disponibilidade da tela, os desenvolvedores de aplicativos que complementam o aparelho teriam maior liberdade para inovar na plataforma Echo que na de seus concorrentes, podendo incluir interfaces visuais aos seus aplicativos.

Portanto, justifica-se a expectativa de mercado, visto que a líder Amazon já conta com 4 versões do Echo disponíveis – a mais recente, chamada de Echo Look, trouxe o assistente de voz integrado a uma webcam que, entre outras funções, ajuda o proprietário a escolher a sua roupa do dia. Caso se confirme o lançamento da nova versão, a família Echo passará a ter, portanto, cinco versões para a escolha dos clientes.

Startups – Poucas luzes ignizadas

O Brasil figura na 69ª posição do Índice de Inovação Global, feito pela Universidade de Cornell, INSEAD e World Intelectual Property Organization (WIPO). Mais preocupante é que o país continua perdendo a oportunidade de utilizar seu enorme mercado interno, bem como sua estrutura de educação e pesquisa, como alavancas para a criação de valor e de inovações voltadas ao consumo doméstico ou internacional.

Apesar de ocupar a 30ª posição no indicador de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), o que não é tão ruim assim para um país em desenvolvimento e que consegue aplicar 1,2% do seu PIB em Pesquisa, estamos apenas na 90ª posição quanto à Produção Criativa, denotando uma desconexão que também ocorre na maioria dos países: a incapacidade de transformar ideias em produtos – bens ou serviços – disponíveis ao consumo.

Estudos apontam que o planeta investe atualmente um montante acima de 1 trilhão de dólares em pesquisas governamentais, acadêmicas e privadas. Porém, para que a economia prospere, as boas ideias criadas precisam alcançar o mercado e a sociedade. São elas que melhoram a qualidade de vida e a competitividade, trazendo mais saúde, inteligência, eficiência e, até mesmo, prazer.

E, apesar de sabermos que a maioria das ideias criadas pela humanidade nunca chega a impactar a sociedade, não é esta consciência que deve gerar uma zona de conforto. É preciso se fortalecer a conexão entre o “P” – de Pesquisa – com o “D” – de Desenvolvimento.

Inovação começa com “D”

O debate convencional sobre inovação leva líderes empresariais, acadêmicos e gestores públicos a focarem em aprimoramentos nas suas iniciativas e investimentos em pesquisa básica, geração ou aquisição de patentes e, em alguns casos mais ousados, na implantação de incubadoras e centros tecnológicos. São ações louváveis, geralmente fomentando o lado “P” da equação. Porém, não são suficientes.

Um elemento crítico para se gerar Inovação, e que raramente consta das discussões, é o Mercado. Este é representado, por exemplo, pelo foco no cliente, ou pelo foco no produto final durante a fase “D”, ou seja, de desenvolvimento. A falta de condução do processo de inovação com foco no mercado é a causa principal da desconexão entre as ações criativas – ideação – e o sucesso na comercialização de melhores produtos e soluções.

Este superávit de pesquisas ocorre mesmo nas economias mais avançadas, com um enorme volume de ideias e resultados acadêmicos que nunca chegarão aos consumidores. Usando uma referência global, como por exemplo os EUA, verificamos que, mesmo lá, apenas 5% das patentes ativas chegam um dia a serem licenciadas ou comercializadas.

Portanto, uma recalibragem entre o que se gasta com “P” e com o “D” é necessária, estabelecendo mecanismos que alavanquem a entrada das novas ideias no mercado.

Startups – Um caminho viável

Atualmente, um desses mecanismos são as startups financiadas por capital de risco. Essas são empresas formadas com o propósito de desenvolver as ideias de alto potencial. Porém, mesmo sendo este um caminho provado pelo reconhecimento de mercado alcançado por várias startups, que podem até chegar ao patamar bilionário – as Unicórnios – a grande maioria dessas empresas não consegue prosseguir nos planos de comercialização das ideias porque não consegue acessar fundos de capital voltados à inovação.

Enquanto as grandes empresas podem empregar mecanismos fiscais e contábeis para bancar a P&D, as micro e pequenas empresas geralmente sofrem para assegurar o financiamento necessário para percorrer seu roteiro de lançamento e consolidação no mercado. No Brasil, importantes iniciativas começam a endereçar o problema, como no caso do programa Inovativa Brasil e das ações do Sebrae voltadas ao fomento empreendedor.

Mesmo para grandes empresas, o teto para investimentos em inovação não é alto, a menos que se esteja falando de alguma das gigantes globais da inovação, como Apple, Baidu, Tesla ou Google. Para as demais, a forma de se inovar, sem extrapolar os riscos de perda de valor de mercado durante o ciclo de desenvolvimento de novos produtos, é, geralmente, a fusão e aquisição. Com isto, a grande empresa adquire pequenas empresas do seu setor alvo que conseguiram vencer as etapas fundamentais do ciclo de desenvolvimento, mesmo que se pague um ágio como prêmio ao empreendedor vitorioso.

Ignizando Lâmpadas

Criar lâmpadas – as ideias – é, obviamente, essencial. Porém, ignizá-las – ou acendê-las – é o atual gargalo do modelo global de P&D.  A solução sistêmica passa, portanto, pelo estabelecimento de instrumentos de estímulo, facilitação e financiamento para que pequenas empresas possam vencer o ciclo de desenvolvimento e lançamento de novos produtos.

Um exemplo que vem seguindo este caminho é a região escandinava. Iniciando a cerca de uma década, países como Finlândia, Suécia e Dinamarca vêm atuando com políticas públicas e privadas de forma a nutrir um ambiente de negócios favorável à alavancagem de ideias de alto impacto no mercado. E esta abordagem tem alcançado incrível sucesso, visto que a região, com menos de 0,4% da população global, tem algo em torno de 1% das startups do mundo, e atingiu a incrivel marca de ter mais de 9% das Unicórnios da Terra!

Esse exemplo ilustra o conceito proposto. Com ações empreendedoras, favorece-se a constituição de um ecossistema de empresas que acumularão experiência, capacidades técnicas e gerenciais e canais de comercialização que poderão fazer a diferença na economia de todo o país. Felizes os que perceberem e praticarem este conceito.

Brasil lança seu primeiro satélite

O Brasil lançou hoje, a partir do centro espacial de Kourou na Guiana Francesa, seu primeiro satélite geoestacionário para uso civil e militar.

Utilizando o veículo lançador Ariane 5, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) entrou em órbita por volta das 19:00, horário de Brasília. O SGDC é um projeto liderado pelo Ministério da Defesa e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, e foi desenvolvido pela empresa Francesa Thales Alenia Space em parceria com a Visiona (joint venture formada pela Embraer e a estatal Telebrás).

Banda larga e defesa nacional

O satélite será de uso civil e militar. De um lado, utilizando a banda Ka, possibilitará acesso à conexão em banda larga a todos os locais do País, sem exceção. De outro, a partir da banda X, será possível tramitar informações que envolvem a área de defesa e governamental.

Responsável pelo desenvolvimento da área espacial do País, a Força Aérea Brasileira (FAB) será a responsável pela operação e monitoramento do satélite. Para isso, foi criada uma nova organização militar, o Centro de Operações Espaciais Principal (Cope-P), em Brasília (DF), onde cerca de cem profissionais irão se revezar em três turnos para dar suporte ao funcionamento ininterrupto do satélite. No Cope-P foi instalada a antena responsável por esse contato, que tem 18 metros de altura, 13 metros de diâmetro e pesa 42 toneladas.

O lançamento, que deveria ter acontecido em 21 de março, foi adiado devido à paralisação dos trabalhadores da Guiana Francesa – que começou no dia 20 de março e durou aproximadamente um mês.

Medicina ganha Inteligência Artificial no diagnóstico do câncer

A China realiza dezenas de milhares de diagnósticos de câncer diariamente. E pensando nisso, uma startup local chamada Infervision decidiu aplicar tecnologia de aprendizado por inteligência artificial (IA) para auxiliar os profissionais da área médica nesta atividade, visando conclusões mais eficientes e precisas.

Apenas no segmento pulmonar, o país relata mortes da ordem de 600.000 pessoas ao ano, número que vem crescendo devido à degradação da qualidade do ar, bem como a falta de diagnóstico precoce da grande maioria dos casos, o que dificulta os tratamentos.

Anunciando sua solução em uma feira científica esta semana em Pequim, Chen Kuan, CEO e fundador da empresa explicou que “A introdução de uma plataforma de precisão, com base em inteligência artificial com constante aprendizado, vai melhorar a acurácia na fase de avaliação de imagens dos exames, podendo evoluir para apoiar também as fases de avaliação clínica, prevenção e controle de doenças, recomendações médicas e, até mesmo, pesquisas médicas”. O Sr. Kuan, que também perdeu parentes em razão do diagnóstico tardio do câncer, disse que “Não temos um número suficiente de médicos, especialmente em radiologia. E em razão dos médicos chineses atenderem a tantos pacientes em um só dia, a qualidade do atendimento recebido pelos pacientes varia imensamente.”

Com base em anos de pesquisa, a Infervision lançou a primeira plataforma de precisão de saúde com IA, disponibilizando uma linha de produtos de raio-X assistidos por IA, e de diagnósticos CT assistidos por IA. Estes produtos passaram por testes e avaliações em centros médicos como o Hospital Shanghai Changzheng, o Tongji Medical College of HUST, e o Hospital Dalian Zhongshan, o Peking Union Medical College Hospital e mais cerca de 20 outros, quebrando as barreiras entre os dados médicos, tecnologia e cenários de aplicação de forma a criar um sistema computacional de precisão e aceitação no setor de saúde. Tanto a solução de raios-X, quanto a de CT, já processaram mais de 100.000 exames cada.

A empresa, que já recebeu aporte de investidores, incluindo a principal firma de venture capital na China, a Sequoia Capital China, será uma das empresas destaque na GPU Tech Conference que acontece na próxima semana na Califórnia.

Jovens Empresários empossam novo Presidente

A nova diretoria da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (CONAJE) foi empossada para a gestão 2017/2018 neste dia 3 de maio, durante solenidade realizada em Brasília (DF). Os jovens empresários Guilherme Gonçalves, de Santa Catarina, e Ananda Carvalho, do Amazonas, lideram a diretoria, respectivamente na presidência e vice-presidência da entidade. Eles sucedem os jovens Fernando Milagre, do Rio Grande do Sul, e Júlio César Vasconcelos, do Espírito Santo, que coordenaram a entidade no período de 2015/2017.

Lideranças presentes à cerimônia de posse

Lideranças do setores público e privado nas esferas federal, estadual e municipal de todo o Brasil compareceram à cerimônia de posse.

O presidente Guilherme Gonçalves ressaltou, em seu discurso de posse, que a Conaje é uma entidade jovem, que vive em constante transformação, e que líderes são formados pela Confederação e logo seguem seus caminhos em outros cantos, sejam empresariais, no associativismo e até políticos. “Uma característica comum, porém, por aqueles que aqui passam é de melhorar o ambiente empreendedor no Brasil, melhorar o nosso país para a realização de negócios. Isso se dá conversando e dialogando com todos, sem exceções. Ninguém aqui quer liderar de maneira isolada ou através de ilhas. Por isso, a Conaje tem como missão e razão de existir a representação, a integração e a inspiração dos jovens empresários e suas organizações, com o intuito de fortalecer o ambiente empreendedor brasileiro e também desenvolver essas lideranças e contribuir para o crescimento do país”, afirmou.

Construção

O presidente anterior, Fernando Milagre, assume a presidência do Conselho Consultivo da CONAJE. Ao transferir o comando da entidade, Milagre desejou boa sorte à nova diretoria e sucesso na caminhada empreendedora. “Gosto muito da analogia de que somos todos parte de uma grande construção, que é a nossa sociedade. Construção essa feita por várias pedras e cada um de nós é uma delas. Precisamos fazer de tudo para nos tornarmos as melhores pedras possíveis para termos a melhor das construções. Não seremos o todo sozinhos, mas somos parte de algo muito maior do que nós mesmos e que depende de todas as individualidades harmonizadas. Juntos somos maiores do que a soma das nossas individualidades”, disse.

Posicionamentos

Presente à solenidade, o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), George Teixeira Pinheiro, destacou que hoje, os jovens estão em todas as atividades e a CONAJE, por representá-los, exerce papel relevante no cenário econômico do país. “É uma entidade aberta à inovação. Por isso, quero cumprimentar a disposição de vocês, jovens, que abdicam de momentos da vida pessoal para atuar nesse projeto da Confederação. Mas assim como é importante a figura do jovem, deve haver a sintonia entre gerações na busca pela excelência”, reforçando a continuidade da parceria entre CACB e Conaje.

O secretário especial da Micro e Pequena Empresa do MDIC, José Ricardo Veiga, enfatizou a necessidade de estimular o diálogo e a gestão participativa entre entidades. “A CONAJE tem representatividade nacional, então nada mais justo do que estimular essa proximidade. Já tínhamos projeto todo desenhado na gestão do Fernando Milagre e vamos continuar com a parceria com a diretoria liderada pelo Guilherme. A conversa acontecerá no dia a dia, por isso estamos de portas abertas”.

Afif discursa aos Jovens Empresários

Já o presidente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Afif Domingos, traçou um histórico do surgimento dos movimentos de jovens empreendedores e empresários brasileiros. Ele citou as mudanças pelas quais passaram os jovens empresários ao longo das últimas décadas, com a introdução de novas tecnologias e ferramentas. “Apesar da oferta de inovações, a gente nota certa carência de vivência estratégica. Por isso, existe a relação de troca. Os mais velhos dependem dos jovens e vice-versa. O momento é de juntar os mais novos e os mais velhos para termos a voz da experiência e o ímpeto dos jovens. A CONAJE deve exercer esse papel e, para isso, conta com o apoio do SEBRAE. Acreditamos muito na força desse trabalho”, destacou.

Presidente Guilherme e Vice-Presidente Ananda recebem cumprimentos de Carolina Valente, Presidente da Federação Íbero-americana de Jovens Empresários – FIJE

DIRETORIA EMPOSSADA

Guilherme Gonçalves – Presidente
Ananda Carvalho – Vice-presidente
Erik Capodeferro – Diretor Institucional
Luciana Muzzi – Diretora Executiva
Camila Nobre Miranda – Diretora Jurídica
Leonardo Maximiano – Diretor de Comunicação
Lucas Cesa – Diretor de Integração
Camila Campos – Diretora de Eventos
Eduardo Zini – Diretor Administrativo Financeiro
Jaqueline Moucherek – Diretora de Conteúdo
Sati Fukunaga – Diretora de Projeto, Planejamento e Gestão
Marcelo Quelho – Diretor de Negócios
Anna Bastos – Diretora de Relações Internacionais

Publicidade Brasileira conquista premiação

A criatividade brasileira destaca o país em diversos campos dos serviços e das artes. E essa criatividade, desta vez com forte consciência social, trouxe mais uma conquista internacional ao Brasil.

Em cerimônia ocorrida esta noite de 03 de maio, na cidade do México, a agência de publicidade paraibana SIN COMUNICAÇÃO conquistou a premiação internacional Caracol de Plata na categoria Impresso. O prêmio, que ocorre desde 1999, é um dos principais reconhecimentos para mensagens de Benefício Social na Íbero-América.

Peça vencedora do Caracol de Plata

A peça vencedora foi contratada pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de João Pessoa, Sintur-JP, com o objetivo de promover o respeito à vida no trânsito.

Neste ano, a agência Sin Comunicação teve cinco peças entre as semifinalistas do Caracol de Plata. Na categoria Impresso, a agência emplacou três peças, sendo uma consagrada como vencedora. Teve, também, uma peça na categoria Rádio, e uma na categoria Televisão. Todas essas tiveram que enfrentar forte concorrência de peças criadas pelas principais agência do planeta, como Ogilvy&Mather, Mccann Erickson, BBDO e Archer Troy.

O prêmio é promovido pela Asociación Civil Caracol de Plata, organização mexicana sem fins lucrativos fundada em 1999 para promover a responsabilidade social empresarial e a participação cidadã na área da comunicação. São premiadas mensagens publicitárias que se destaquem pela criatividade, originalidade, conteúdo e transcendência.

A Associação avalia peças realizadas em todo o planeta, desde que voltadas para o público íbero-americano. A premiação conta com seis categorias: Impressos; Meios Digitais; Televisão; Rádio; Publicidade Exterior e Meios Alternativos e Campanhas (definidas como um conjunto de três ou mais mensagens diferentes relativas à mesma causa e produzidas para um ou mais meios de difusão).

Para Ruy Dantas, diretor agência SIN, “… a conquista mostra que estamos cumprindo nossa missão de construir e fortalecer a imagem e a marca de organizações e pessoas por meio de estratégias inovadoras e sempre com foco em resultados. O prêmio estimula nossa equipe a continuar crescendo pelo Brasil, e mostrando nosso talento para todo o mundo”.

Brasil regulamenta uso de Drones

Com o objetivo de viabilizar as operações de aeronaves não tripuladas, os drones, preservando a segurança da população e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou hoje em sua diretoria colegiada o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial – RBAC–E nº 94, o qual será publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (03/05).

O normativo foi elaborado levando-se em conta o nível de complexidade e de risco envolvido nas operações e nos tipos de equipamentos. Alguns limites estabelecidos no novo regulamento seguem definições de outras autoridades de aviação civil como a Federal Aviation Administration (FAA), a Civil Aviation Safety Authority (CASA) e a European Aviation Safety Agency (EASA), reguladores dos Estados Unidos, Austrália e da União Europeia, respectivamente.

A partir de agora, as operações de drones de uso recreativo, corporativo, comercial ou experimental devem seguir as novas regras da ANAC, que são complementares aos normativos de outros órgãos públicos como o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).

Segundo a ANAC, o regulamento sobre aeronaves não tripuladas foi amplamente discutido com a sociedade, associações e empresas interessadas, bem como com outros órgãos públicos. Além da realização de dois workshops e da participação de técnicos da Agência em diversos eventos, a proposta ficou em audiência pública (AP nº 13/2015) por 60 dias, contando com sessão presencial, e recebeu 277 contribuições que foram analisadas pela equipe.

Para acessar a documentação detalhada disponibilizada pela ANAC, clique aqui.

Modelagem Financeira é tema de curso

O INOVATIVA BRASIL, programa do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) voltado ao desenvolvimento das Startups Brasileiras, oferecerá um novo curso sobre Modelagens Financeiras entre 19 de junho e 09 de julho de 2017.

Ministrado por Luiz Caselli – sócio da McKinsey & Co. e especialista em finanças corporativas, gestão de investimento, gestão de risco e private equity – e por Pedro Waengetner – CEO da ACE, o curso conta também com cases oferecidos por Cláudio Grando – Audaces – e Iomani Engelmann – Pixeon.

Voltado a empreendedores e a interessados em empreender, os conteúdos desse curso mostram aos participantes os elementos centrais a se levar em consideração para ter um negócio bem-sucedido, permitindo também que sejam revisadas atuais práticas na modelagem financeira e valuation do seu atual negócio, ajudando a identificar oportunidades para a aceleração de resultados.

Seguindo uma metodologia de ensino com base em vídeos curtos, acessíveis pelo celular e que se encaixam na sua rotina apertada, o curso disponibiliza uma visão geral do tema, com as informações básicas e indispensáveis. Junto aos vídeos, são oferecidos materiais complementares para que o participante se aprofunde naquilo que julgar importante.

O curso cobre temas como:

  • Precificação: metodologias básicas utilizadas pelas empresas para definir o preço de seus produtos e serviços.
  • Precificação inovadora: mais do que calcular os custos de produção, empresas inovadoras têm utilizado novas metodologias para definir o preço de seus produtos e serviços como forma de ampliar receitas e margens.
  • Custos Pré-operacionais: a proposta de valor pode ser muito boa, mas é preciso saber quais são os investimentos necessários para a viabilizar o negócio, em termos de equipamentos, pessoas, tecnologia, etc.
  • Fluxo de caixa: um dos desafios de uma startup é investir corretamente os recursos (captados ou gerados) para o desenvolvimento bem-sucedido do negócio. O fluxo de caixa é uma ferramenta que auxilia no controle financeiro do negócio, possibilitando acompanhar toda a movimentação financeira em termos de entradas e saídas de dinheiro no caixa.
  • Valuation: na interação com investidores é essencial que você saiba quanto vale sua empresa. Para isso, iremos apresentar técnicas para a definição do valor de uma startup.
  • Cases reais: entrevistas com quem já passou por caminhos do empreendedorismo, e superaram os desafios de se elaborar a modelagem financeira.

A Inteligência Artificial está chegando

Co-autores do livro "When Machines Do Everything", Malcolm Frank, Ben Pring e Paul Roehrig
Foto: Cognizant

Baseado no artigo do co-autor Ben Pring ao World Economic Forum

O crescimento da inteligência artificial (IA) pode ser o grande marco deste momento da história humana. Após décadas de desenvolvimento, máquinas capacitadas por IA logo transformarão nossas vidas, nosso trabalho e nossa sociedade de formas que dificilmente podemos prever, mas facilmente podemos imaginar. Consideremos alguns exemplos:

  • Negócios nas Bolsas de Valores: Em 2015, seis dos oito maiores fundos dos EUA faturaram cerca de 8 bilhões de dólares bastante — ou exclusivamente — alicerçados em algoritmos de IA. “A máquina” já dominou a atividade de seleção de investimentos.
  • Saúde: A IA está rapidamente superando as capacidades de radiologistas humanos. No Hospital Metodista de Houston, softwares inteligentes interpretam resultados de raios X 30 vezes mais rápidos que os médicos, com uma precisão de 99%.
  • Direito: sistemas computadorizados com IA estão realizando atividades de investigação e diligência com menor custo, maior velocidade e melhor qualidade que os mais talentosos profissionais. Logo, depender apenas de humanos para estas atividades poderá se tornar um procedimento frágil e de risco.

Para muitos, a capilarização da IA no contexto humano – e a proliferação de novas máquinas alimentadas por IA, algoritmos, bots e big data – levanta uma questão desconfortante: se máquinas podem fazer tudo, então como os humanos poderão ganhar a vida?

Essa é a questão que ecoou na mente dos autores deste livro por um tempo, levando-os a trabalhar na definição de como a tecnologia vai moldar as oportunidades e ameaças aos humanos, tentando prever como homem e máquina se relacionarão e coexistirão.

Homem e Máquina

A conclusão: tudo vai ficar bem.

As novas máquinas vão desempregar muitos trabalhadores atuais?  Sim, mas, em uma escala maior, as novas máquinas também criarão novos trabalhos melhores, mais produtivos e mais gratificantes que os atuais para os humanos. Elas melhorarão o padrão de vida e serão impulso para um novo período de crescimento econômico amplamente distribuído.

Mas há um senão. Empresas precisam abraçar duas verdades: primeira, as máquinas farão mais que o trabalho humano pode realizar hoje; e segundo, nunca será tão importante se reforçar o valor humano.

Em síntese, as mudanças que você implementar hoje serão críticas na sua preparação para a próxima era.

Baseado no trabalho dos autores com 2000 empresas globais, desenvolveram uma abordagem estruturada para o progresso neste novo contexto, o qual denominaram “Modelo AHEAD” (sigla com as iniciais em inglês das palavras Automate, Halo, Enhance, Abundance e Discovery). O modelo é essencialmente uma cartilha que destaca as cinco abordagens específicas para vencer com a IA, cada uma com seu conjunto de táticas.

Automatize

É uma oportunidade única em uma era: organizações que aplicarem automação inteligente de processos poderão mudar completamente sua estrutura de custos e obter ganhos significativos de velocidade e qualidade em sua operação. É a única forma de se concorrer com patamares de mercado como o “custo Amazon” e a “velocidade Google”, exigidos na era digital.

Para forçar a você e sua equipe a reimaginar como sua atividade pode ser realizada, aplique a regra 25%-25%: defina expectativas de redução de custos de 25%, com um aumento associado de produtividade de 25%. Isso rapidamente deixará claro que métodos tradicionais não serão suficientes, e que a automação pela aplicação de IA proporcionará os resultados almejados.

Auréola

Cada revolução industrial até hoje foi estimulada por uma matéria-prima: carvão, aço, petróleo, eletricidade. Hoje, a matéria-prima são os Dados. Empresas precisam compreender como utilizar essa commodity – disponível a cada um e a todos nós – tornando-a uma vantagem competitiva.

A corrida está ativa rumo a instrumentalizar produtos e pessoas, e utilizar os dados que eles geram (o que chamamos de Auréolas), usando depois a inteligência resultante desses para criar novas experiências aos clientes, bem como evoluir modelos de negócio. Fazendo isso, seu negócio pode se tornar um ponto de “sabedoria”, o qual utiliza sensores e instrumentos para saber tudo sobre todos.

A General Electric e a Nike são ótimos exemplos de empresas que estão mudando as regras do jogo em seus segmentos pela instrumentalização dos seus produtos, circundando-os com auréolas de dados e criando novas propostas de valor e intimidade com seu consumidor.

Evolução

Acreditamos que a melhor forma de compreender o nosso futuro é enxergar as máquinas inteligentes não como concorrentes ao trabalho humano, mas como companheiras que ampliarão nossa produtividade e satisfação profissional. Pense como o GPS atualmente melhora nossa dirigibilidade. Nos próximos anos, vocações inteiras, de vendas a enfermagem ou o ensino, serão melhoradas por novas máquinas. A vasta maioria de nós escolherá trabalhar com com humanos evoluídos, ou seja, aqueles equipados com sofisticados sistemas inteligentes ao seu lado.

Quando o computador faz aquilo que faz bem, ele nos permite focar melhor naquilo que fazemos melhor. Em um mundo evoluído, com tecnologia mais pervasiva, atividades unicamente humanas como a empatia, a construção de relacionamentos e a compreensão de situações complexas, se tornarão ainda mais importantes.

Abundância

A idéia econômica da abundância é bastante antiga: o tear nos levou à abundância de roupas; a máquina a vapor nos proporcionou a abundância de deslocamentos transoceânicos; e a linha de produção nos trouxe abundância de bens de consumo em todo o planeta. Esses produtos deixaram de ser raridades luxuosas, tornando-se itens democratizados e ubíquitos.

Com as novas máquinas, logo experimentaremos uma nova era de abundância em áreas como serviços financeiros, seguros, serviços de saúde, entretenimento e educação. À medida que as novas máquinas promovam reduções de preços, mercados de abundância serão estabelecidos, e vendas ampliadas a níveis inimagináveis. Sua organização estará pronta para aproveitar esta vantagem da nova abundância, ou será vítima dela?

Descoberta

Enquanto máquinas farão boa parte do nosso trabalho atual, o processo de inovação nos permitirá descobrir coisas inteiramente novas que, por fim, serão as novas atividades humanas no futuro. Por exemplo, quando o cortador de grama foi inventado em 1827, quem poderia imaginar que ele impulsionaria a consolidação do segmento global dos Esportes, que hoje movimenta 620 bilhões de dólares anualmente? Cremos que os sistemas inteligentes estão agora criando as bases nas quais novos segmentos produtivos e novos empregos surgirão.

Já acompanhamos líderes da economia digital apostarem em novos “cortadores de grama” da era digital — é o caso de Mark Zuckerberg, criador do Facebook, que aposta no Oculus VR ou em testes bancários com Blockchain. Seu trabalho é o de imaginar novas formas de criação de valor com o advento das novas máquinas inteligentes.

Esteja você liderando uma grande empresa ou apenas iniciando sua carreira profissional, decidir o que fazer perante o contexto de novas máquinas — e o coquetel de IA, algoritmos, bots e big data — será a ação mais relevante para o seusucesso futuro. De modo similar a prévias revoluções industriais no planeta, esta vai complicar a vida dos que decidirem sentar e aguardar; e vai oferecer enormes possibilidades e prosperidade àqueles que dominarem a interação produtiva com as novas máquinas inteligentes.

Este artigo é baseado no livro “What To Do When Machines Do Everything: How to Get Ahead in a World of AI“, de co-autoria de Malcolm Frank, Ben Pring e Paul Roehrig.

Projeções Mapeadas criam ambientes virtuais

A popularidade das projeções mapeadas está crescendo exponencialmente nos últimos 5 anos. Suas aplicações ocorrem em shows e eventos ao ar livre, show-rooms e vitrines do varejo, em congressos corporativos, museus interativos, games ambientados, entre outros. Mesmo com todo o atual volume de uso, estamos apenas na gênesis desta nova mídia, e inovações em projeções mapeadas surgem a cada dia.

E você, já tem acesso a este novo meio criativo?

O Lightform se integra ao seu atual projetor de imagens

A startup Lightform, que vem trabalhando em modo silencioso nos últimos 3 anos, anunciou em Março último o início da venda por encomenda do seu produto de Projeção Mapeada com o mesmo nome da empresa, e que é capaz de interpretar o ambiente e criar imagens sobre quaisquer superfícies deste.

A empresa, que recebeu aporte de 2,6 milhões de dólares dos investidores Lux, Seven Seas, NSF, e ainda um dos cientistas-chefe da Oculus, apresentou o protótipo do seu produto, posicionando-o como a “solução de realidade augumentada que elimina os óculos de realidade virtual”.

Tido como o primeiro computador feito para projeção de realidade augumentada, também chamada de projeção mapeada, o Lightform se conecta a qualquer projetor de vídeo, podendo rapidamente escanear cenas complexas e tornar qualquer objeto numa tela de projeção. Com isso, inova o mercado por dispensar o uso de óculos ou máscaras headsets para realidade augumentada.

O equipamento utiliza visão computadorizada 3D em seu processo de escaneamento, transmitindo os dados para um aplicativo próprio que automaticamente gera efeitos e filtros que permitem ao usuário criar conteúdos atraentes e projetá-los nas superfícies mapeadas. Indo além, a visão 3D do Lightform mantém as projeções alinhadas às superfícies mesmo que estas estejam em movimento, criando resultados impressionantes para o público espectador.

O Futuro da Realidade Augumentada

Apostando que o futuro da realidade virtual virá da projeção mapeada, a qual proporciona experiências em grupo ao invés das experiências exclusivas da realidade construída com equipamentos individuais, a Lightform ultrapassou o paradigma das telas de projeção, tornando o próprio ambiente o seu canvas de exibição de conteúdo.

Com a capacidade de identificar movimentos no cenário em tempo real e ajustar a projeção em conformidade a esses movimentos, a solução permite instalações de digital signage, vitrines inteligentes, equipamentos educacionais e outras demandas interativas, sem a necessidade de caros ou complexos equipamentos adicionais. Isso traz a todos, inclusive arquitetos, designers de interior e artistas em geral, a oportunidade de aplicar criatividade a quaisquer materiais e estruturas existentes.

 

Gourmet Nerds

Alcançar o sucesso com uma Startup é um desafio que vem, quase sempre, acompanhado de boas doses de stress para todo o time envolvido. Recursos escassos, carência de informações relevantes, incertezas de mercado, convencimento de clientes potenciais quanto a soluções inovadoras… várias são as situações que colocarão à prova sua nova empresa.

E encontrar válvulas de escape para a tensão, promovendo no time a convicção no caminho a se trilhar, depende de diferentes ações dos vários indivíduos envolvidos.

Uma alternativa bastante interessante, e que pode vir de encontro com o hobby de vários colegas de trabalho é a culinária.

Ativando as Relações Humanas

Além de descarregar o stress cotidiano, a atividade culinária pode ser uma forma bastante eficaz para promover a integração da equipe, pois reforça a interação interpessoal seja durante o processo de preparo das receitas, seja no que para muitos, é o melhor momento, ou seja, na degustação.

Han Jin, CEO da LucidVR

Um dos adeptos desta tática é o empreendedor Han Jin, co-fundador e CEO da Lucid VR, startup americana no segmento de realidade virtual. Nascido na China, Jin foi criado na Alemanha, e tenta revolucionar o mercado global produzindo câmeras que gravam em formato de realidade virtual e que proporcionam a fácil distribuição do resultado pela Internet. Ele admite que passa a maior parte do tempo à base de macarrão instantâneo, mas cria momentos esperados pelos colegas quando coloca seu talento em ação na cozinha. Jin adora servir à sua equipe “refeições com cinco etapas de guloseimas de várias partes do mundo.”

Mais que Diversidade Global, o Inusitado

Devaki e seus colegas de CrowdAI, Pablo Garcia, e Nic Borensztein
blog.ycombinator.com/crowdai/

Indo além da globalização gastronômica, a fundadora e CEO da startup de inteligência artificial CrowdAI, Devaki Raj, busca experiências excitantes com as aventuras culinárias que proporciona ao seu time. Ela, que também é fã de bungee jump, realmente aprecia experimentar o que define como “comidas estranhas”, estando disposta a degustar qualquer coisa, desde carnes selvagens, até insetos.

Devaki e Jin são exemplos de líderes que inspiram seguidores, não apenas na atividade direta que comandam, mas também na conexão de sua equipe entre si, e desta com a sociedade global. Tudo isso de forma muito deliciosa!

Nasdaq ultrapassa os 6000 pontos pela 1ª vez

Nos últimos 46 anos, as maiores empresas globais de tecnologia tem a Nasdaq como epicentro de negociação para suas ações. Lá são compradas e vendidas as já consagradas gigantes da TI, internet e biotecnologia, bem como são realizadas as principais “ofertas iniciais públicas” (do inglês Initial Public Offering, ou IPO) com as novas vedetes do mercado.

Todas essas compõem o índice Nasdaq (Nasdaq Composite Index), o qual serve de referência preliminar para avaliar o grau de entusiasmo dos investidores para o futuro do mercado.

E este índice extrapolou ontem, 25, a barreira dos 6.000 pontos, acabando com uma ansiedade que se arrastava por 17 anos, desde Março do ano 2000, quando a chamada “bolha da Internet” catapultou o índice ao marco anterior de 5.000 pontos.

Os que vivem o dia-a-dia dos mercados de ações sabem que isso não ocorreu sem que fosse necessário ultrapassar alguns gigantescos sobressaltos, em especial com o rompimento da citada “bolha”, e também a crise recessiva entre 2008 e 2009.

Portanto, alcançar os 6.000 pontos é sim um momento de celebração para a economia global, visto que, desde 2009, a Nasdaq vive um período de crescimento quase que contínuo. São 8 anos virtuosos na economia global, especialmente a americana, no que tange ao balanço das corporações, queda do desemprego, retomada do mercado imobiliário e, em especial, confiança do consumidor.

De mãos dadas com o otimismo dos investidores, há fatores adicionais que colaboraram com o alcance da nova marca, como a maturidade da governança das empresas, trazendo, entre outros, balanços e relatórios de preço/resultados mais precisos e confiáveis para a análise dos especialistas. Além disso, recebeu impulso adicional com a chegada de novos paradigmas tecnológicos, como o advento das Redes Sociais que gerou novos players globais como Facebook e Linkedin, ou a Computação em Nuvem que impulsionou novas frentes de negócios para tradicionais locomotivas como Microsoft, Google, Apple e Amazon.

Mas, enquanto o mercado global se pergunta “Se”, ou “Quando” chegaremos à nova barreira dos 7.000 pontos, provavelmente sustentados por inovações tecnológicas como os Veículos Autônomos, a Realidade Virtual ou as Cidades Inteligentes, a euforia internacional não encontra eco no Brasil, país que ainda precisa entender que sua capacidade de produção agro-mineral não será nunca mais suficiente para alcance de uma sociedade desenvolvida.

Urge a retomada de uma agenda de desenvolvimento inovador e inclusivo no Brasil, com base na vocação criativa do nosso povo, e com a acelerada dinâmica exigida pelas startups da arena global.

SCS anuncia dashboard para Exportações de Serviços

Marcelo Maia, Secretário da SCS/MDIC

Responsável por uma agenda estruturante para o país, que é a de fortalecer o Comércio Exterior de Serviços, a Secretaria de Comércio e Serviços (SCS) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) lançou, neste 19 de Abril, a primeira fase do Siscoserv Dash.

A nova ferramenta tem como objetivo simplificar a visualização, a consulta e o uso dos dados de comércio exterior de serviços obtidos a partir das informações do Sistema de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e outras operações que produzam variações no Patrimônio – Siscoserv, uma ação conjunta entre a SCS e a Receita Federal do Brasil (RFB).

De forma interativa, o Siscoserv Dash permite aos interessados filtrar o conjunto de dados desejados sobre as Aquisições e Vendas brasileiras aos diversos mercados internacionais. Basta clicar no gráfico, país ou serviço desejado, para que a ferramenta apresente resultados da pesquisa. Além disso, esta também disponibiliza o download dos dados na aba Dados Consolidados.

Para o Secretário da SCS, Marcelo Maia, “O Siscoserv Dash é mais um instrumento para alavancar as exportações brasileiras de serviços. Construimos o dashboard para que o setor produtivo brasileiro conte com informações precisas que lhe permita competir de forma inteligente no mercado internacional. Disponibilizamos a primeira fase, e já iniciamos imediatamente a construção da próxima etapa do painel de informações”.

A SCS e a RFB atuam, agora, na construção da segunda fase do Siscoserv Dash, prevista para ser lançada em dezembro de 2017. A novidade desta próxima fase será a incorporação das informações de venda e aquisição de serviços por Unidade da Federação (UF).

InovAtiva Brasil treina empreendedores sobre ambiente digital

A partir desta segunda-feira (24), o programa InovAtiva Brasil dará início a um curso para os 300 selecionados pelo programa nesta primeira etapa de 2017, voltado para orientações e dicas sobre a condução destes empreendedores à melhor maneira de utilizar mídias digitais para divulgar seus produtos e serviços. O objetivo desse curso é ajudar tais empresários a intensificar suas vendas e faz parte do programa Acesso ao Mercado. O InovAtiva, realizado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) em parceria com o Sebrae, é voltado para a aceleração de pequenos negócios de base tecnológica com projetos inovadores.

Para que seja ainda mais eficaz, o programa disponibiliza neste módulo, além da plataforma audiovisual, materiais que complementam a formação do empreendedor. De acordo com o gerente de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade do Sebrae, Célio Cabral, quando os participantes assistem às aulas, entregam as tarefas dentro dos prazos estipulados e realizam feedback a cada produção, além de receberem um certificado de participação. “A interação entre os participantes e a construção conjunta das tarefas é um dos pontos mais interessantes dos cursos do InovAtiva. A metodologia facilita o aprendizado e faz com que o empresário absorva o conhecimento de forma orgânica”, afirma.

De acordo com dados da pesquisa TIC Empresas – de 2013 –, 89% das empresas de grande porte têm presença significante no âmbito digital, por isso, o InovAtiva oferta esse módulo específico. “O treinamento é voltado para os empreendedores com interesse na divulgação de produtos e serviços online, que buscam utilizar o sistema como forma de intensificar as vendas e aumentar a popularidade no mercado”, explica o secretário de Inovação do MDIC, Marcos Vinícius de Souza. Segundo ele, como a presença na web tem influência direta na relação empresa/cliente, quanto mais informações na produção e atividades oferecidas, maior a procura pelo serviço.

O êxito de experiências anteriores com esse módulo é ressaltado por várias startups que já participaram do programa. Francisco Barroso, CEO da startup Tag4Tip, por exemplo, conta que o curso serviu para que a equipe aprendesse que não há venda de forma genérica. “Temos que escolher o público-alvo e direcionar propagandas para esse mercado. Essa é a única forma de medir o alcance e retorno da propaganda. Evoluindo de forma contínua, podemos chegar cada vez mais perto do cliente e fechar a venda com mais facilidade”, explica.

Já Vanessa Delpy, co-founder da Espichamos.com, ressalta a importância da praticidade do curso que, a seu ver, “se adapta às nossas necessidades pessoais”. “A capacitação é fundamental, principalmente para alguém que está começando. O curso de Acesso ao Mercado trouxe muito conhecimento, como a questão de aprender a mensurar resultados, estabelecer metas digitais, vendas e tipos de negócio”, diz.

Mais informações para empreendedores
Central de Relacionamento Sebrae
0800 570 0800