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Partindo do princípio que sua empresa já operando, ou mesmo sua ideia de Startup, despertará interesse de potenciais investidores, parceiros e clientes, não faltarão oportunidades para reuniões que aproveitem as agendas durante almoços e jantares de negócio.
E, de forma cada vez mais frequente, a harmonização entre os pratos e a bebida servida nessas ocasiões pode representar um diferencial interessante para o desenrolar da conversa e para o fortalecimento de laços de confiança.
Neste contexto, dificilmente uma outra bebida pode superar o vinho, dada sua diversidade que certamente acolhe os mais diferentes paladares e bolsos, ao mesmo tempo em que agrega elegância e sobriedade ao ambiente. Além disso, dada a riqueza de origens regionais, tipos de uva, safras e outras características, uma garrafa de vinho à mesa pode ser um excelente pretexto para conversas sobre história, geografia, política e, até mesmo, economia.
É aí que, logo no início do seu encontro empresarial e gastronômico, surge a questão: Que vinho escolher?
No mundo dos negócios, os indivíduos tendem a julgar e serem julgados por praticamente qualquer ato que realizem. A desenvoltura e habilidade em se escolher um vinho não foge a essa regra, podendo ter um significado bem mais relevante que o devido.
Fato é que se espera que as pessoas de sucesso tenham capacidade de fazer boas escolhas, identificando o melhor valor. E, quanto à escolha de vinhos, isso não é diferente, o que colabora para que a parcimônia de preços seja considerada por todos os presentes como parte relevante na avaliação do custo-benefício da garrafa escolhida. Portanto, para alívio do bolso, não necessariamente a garrafa mais cara será a mais apreciada, ou mesmo gerará a melhor impressão em seu interlocutor.
Pois bem, aqui vão algumas dicas para simplificar uma questão que poderia ser complexa, e ainda transformá-la em uma ótima oportunidade de interação prazerosa com seu interlocutor:
1° passo: Pesquise previamente
Caso o restaurante em que foi agendado seu encontro disponibilize online a lista de vinhos, consulte previamente a mesma, buscando detalhes sobre aqueles que lhe parecem mais adequados. Há excelentes serviços online e aplicativos que oferecem informações detalhadas sobre os rótulos, safras e avaliação dos que já os degustaram. Com isso, você chegará ao encontro já ciente de boas alternativas para a ocasião.
Caso o restaurante não ofereça a lista para uma consulta prévia, ao menos verifique os tipos de vinho adequados para uma harmonização com o menu deste restaurante. Há sempre tipos de uvas e regiões de origem que são histórica e notadamente compatíveis com determinadas comidas. Por exemplo: o Sauternes Francês com fígado de ganso, ou o Malbec Argentino com carnes bovinas, ou ainda um Barbera com a gastronomia do Norte da Itália.
2° passo: Sonde o Interlocutor
Seu interlocutor se sentirá prestigiado caso você pergunte a ele se tem preferência por alguma uva ou região. Mesmo não tendo uma resposta detalhada, a opinião do interlocutor poderá lhe ajudar a melhor definir seu espectro de escolha, pois há pessoas que não gostam de determinados tipos de vinhos, ou apreciam outros tipos. Por exemplo, entre os vinhos brancos, pode-se escolher desde os leves Sauvignon Blanc, passando pelos de corpo intermediário como os Pinot Grigio, até os encorpados da uva Chardonnay, e ter uma noção da preferência do seu interlocutor poderá lhe ajudar na escolha certa.
3° passo: Consulte o Sommelier
Pessoas competentes no ambiente empresarial sabem delegar. Sendo assim, consultar o sommelier do restaurante pode ser bastante interessante. A dica é que, ao chamá-lo, consulte sobre um vinho interessante e na faixa de preços que você deseja gastar. Diga algo como “Esta garrafa me parece interessante, mas talvez você tenha algo melhor a nos sugerir?”, apontando para o preço da garrafa. O profissional vai compreender e lhe apresentar as alternativas mais adequadas.
4° passo: Você experimenta
Quando a garrafa chegar à mesa, o garçom vai abri-la e oferecer a rolha a um dos presentes. Solicite que seja você! Assim, será possível uma avaliação rápida e simples de sua parte para verificar se a rolha tem um leve perfume adequado – foge do cheiro de vinagre – e mantém uma consistência firme – rolhas apodrecidas podem indicar uma bebida estragada.
Estando tudo certo com a rolha, solicite que seja servida uma pequena quantidade em sua taça. Esta quantidade deverá ser também observada para verificar se sua cor, aroma – o famoso buquê – e sabor estão adequados. Estando tudo certo, autorize o garçom a servir ao seu interlocutor, e posteriormente completar sua taça.
Em caso de dúvida
Caso mesmo com as dicas acima você ainda não tenha segurança de como proceder, a dica final é: Não tente disfarçar conhecimento! Essa pode ser uma das piores atitudes. Ao invés de correr o risco de ser percebido como um charlatão, seja percebido pela humildade em reconhecer seu desconhecimento dirigindo-se ao seu interlocutor e perguntando algo como “Apesar de adorar vinhos, não sou um expert no tema. Quem sabe você tem mais experiência que eu para escolher uma boa garrafa para nossa refeição?”. Acredite, deixar seu interlocutor fazer as honras também poderá somar pontos em sua construção de um relacionamento de confiança mútua.
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