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Acordo de licenciamento com IQIYI leva NETFLIX à China

Sem autorização das autoridades chinesas para abertura da sua operação direta no país, a Netflix adotou um formato alternativo para acessar aquele enorme mercado de entretenimento ao anunciar um acordo de licenciamento com um de seus mais poderosos concorrentes locais, a IQIYI.

Baseada em Beijing, a IQIYI é uma grande provedora de serviços de vídeo, e integra o grupo BAIDU, um dos maiores conglomerados da Internet no planeta. E com ela a Netflix estabeleceu a parceria para distribuição de conteúdo na China, anunciada nessa terça-feira nas prévias da conferência APOS, em Bali, na Indonésia.

Frank Underwood, personagem de Kevin Spacey na série House of Cards, fez enorme sucesso na China

Segundo Robert Roy, vice-presidente de conteúdo da Netflix, “A China é um importante mercado por razões óbvias; também é um mercado desafiador, por razões óbvias. Neste momento, tratamos do licenciamento de conteúdo da Netflix para a China, e estamos entusiasmados com o acordo com a iQiyi.”.

Em resposta aos repórteres, Roy adicionou: “Para nós, [o acordo] propicia algumas coisas, como distribuir nosso conteúdo para o território e criar reconhecimento para a marca Netflix e seu conteúdo”.

A iQiyi, teve início como uma plataforma de vídeo alicerçada em publicidade, mas tem transicionado para um modelo de assinatura semelhante ao da Netflix. Apesar de contar com a maior base de usuários pagantes e o mais amplo portifólio de conteúdo, a empresa enfrenta um cenário local de muita competição, em especial por empresas bem capitalizadas pertencentes à gigante do comércio eletrônico Alibaba.

Em uma iniciativa anterior no mercado chinês, a Netflix conseguiu autorização para distribuir a série House of Cards, que se tornou um fenômeno, viralizando na plataforma Sohu, antes de ser suspenso pelas autoridades locais.

Instacart recebe investimento de U$ 400 milhões

Apoorva Mehta, CEO da Instacart

O segmento de “Delivery de Mercearia” tem uma história com início nada feliz. Várias foram as iniciativas frustradas neste campo, sendo talvez o maior fracasso a startup Webvan, a qual decretou falência nos EUA em junho de 2001, demitindo mais de 2.000 funcionários após perder mais de U$ 800 milhões.

Entretanto, a startup Instacart conseguiu concluir recentemente uma nova rodada de investimento de U$ 400 milhões, alcançando um valor de mercado de U$ 3,4 bilhões.

Evitando os caminhos errados já percorridos por antecessores que falharam, a empresa planeja usar este capital para acelerar sua expansão no mercado americano, bem como ampliar sua base de clientes oferecendo programas de fidelização gratuitos no primeiro ano de uso.

Além disso, várias são as diferenças entre os modelos de negócio da pioneira Webvan e da Instacart. De início, a Instacart opera com lucro operacional regional 6 meses após iniciar as atividades em cada uma das mais de 30 cidades que atende, enquanto a Webvan reportou, em seu último ano, lucro em apenas 1 das cerca de 20 praças que operava. Além disso, a Instacart optou por não construir uma infraestrutura própria de armazéns, utilizando os próprios supermercados e atacadistas já existentes em cada cidade para operar seu negócio.

Porém, um olhar mais atento ao modelo de negócio da Instacart, que em muito se assemelha ao do Uber, por utilizar uma rede de prestadores autônomos de serviços tanto para selecionar os produtos nas lojas, quanto para transportá-los até os clientes, mostra, ao menos, 3 boas razões para seu sucesso a cada vez que um cliente clica “Comprar” em seu aplicativo:

  • Primeiro, os supermercados e mercearias pagam à Instacart um percentual sobre o valor vendido, visto que esses varejistas estão se beneficiando por oferecer algo desejado por seus clientes, que é o delivery. Com isso, os parceiros varejistas da Instacart conseguem ampliar sua base de clientes, justificando o pagamento desta comissão;
  • Também, há a receita vinda da taxa de entrega, uma parte óbvia neste modelo de negócio;
  • E a terceira, e que mais cresce, é a receita vinda de marcas que desejam pagar um bônus à Instacart para terem acesso diferenciado à base de clientes justamente no momento de decisão de compras, ou seja, no aplicativo.

Com todos esses atributos, pode ser que a Instacart venha a se consolidar como uma plataforma sustentável para o “Delivery de Mercearia”. O futuro nos confirmará se a aposta de U$ 400 milhões valerá ou não a pena.

Universidade de Cornell celebra Empreendedorismo

Pepper, o robô do Softbank

Mais de 200 alunos empreendedores são esperados para a Conferência Entrepreneurship Celebration at Cornell, que ocorre nos dias 27 e 28 de abril no campus da Universidade de Cornell, em Ithaca, cidade ao norte do estado de Nova Iorque. E eles não virão sós, pois trarão consigo vários robôs humanóides!

Uma das mais esperadas palestras do evento será a de Rodolphe Gelin, vice-presidente executivo e diretor da área científica da SoftBank Robotics Holdings. O Sr. Gelin apresentará três versões do seu “Pepper”, primeiro robô capaz de reconhecer emoções humanas e se adaptar ao estado emocional do seu interlocutor.

“Desejamos realizar a conferência Celebration anualmente, por representar uma excelente oportunidade para os atuais e os ex-alunos,” diz Zach Shulman, diretor de Empreendedorismo de Cornell. “Cada novo ano trará novas programações e toneladas de energia empreendedora.”

Diversas faculdades da universidade participam da conferência, que cobre um amplo espectro de temas, incluindo casos de sucesso em mentoria, empreendedorismo socialmente sustentável e administração da saúde.

As atividades públicas da conferência trazem ao campus a comunidade interessada em inovações, startups e empreendedorismo, podendo livremente interagir com professores, palestrantes e os próprios alunos, além de assistirem os eventos dinâmicos como o Cornell Venture Challenge, o eLab Demo Day e a competição Big Idea.

Uma das competições envolverá o próprio robô “Pepper”. A ideia é que os participantes possam explorar como o robô poderá ser usado de forma inovadora para a hospitalidade. Como estímulo adicional, a universidade premiará as três equipes vencedoras receberão um prêmio de 10.000 dólares!

Simão e Vianna lançam livro sobre Acordo de Leniência na Lei Anticorrupção

O autor Valdir Simão
Foto de Léo Corrêa/Arquivo SECOM

Nos anos recentes, diversas operações, e em especial a denominada “Lava Jato”, trouxeram para o cotidiano dos brasileiros discussões antes reservadas às esferas jurídicas e policiais. Surgiu daí o crescente interesse sobre o tema “acordo de leniência”, com frequente cobertura pelo jornalismo e nos debates especializados.

Dada a relevância do tema, bem como para suprir a necessidade de rápido ganho de maturidade em sua adoção por autoridades e agentes públicos e privados, ocorre nesta terça-feira, 25, às 18:30 o lançamento em Brasília da publicação “O acordo de leniência na lei anticorrupção – Histórico, desafios e perspectivas”, em cerimônia de autógrafos no Centro Universitário de Brasília.

Elaborada pelos autores Valdir Moysés Simão e Marcelo Pontes Vianna, a obra apresenta uma reflexão crítica e objetiva sobre o procedimento e reconhecimento do instrumento de apuração de ilícitos. Publicada pela Trevisan Editora, especializada em títulos jurídicos e empresariais, a obra estuda o instituto do acordo de leniência e seu papel na Lei Anticorrupção. É uma abordagem objetiva sobre a introdução deste moderno instrumento de investigação, que visa reduzir os casos de corrupção e recuperar os danos por eles causados, com bases teórica e histórica que encontram exemplo convergente com o atual cenário nacional.

O livro, que chega em momento oportuno, convergente com o interesse por aprimoramento da governança e do “compliance”, é voltado para profissionais e estudiosos do tema, em especial advogados, jornalistas, auditores, especialistas em controle interno, conformidade, transparência e gestão de riscos.

Resumo curricular dos Autores:

  • Valdir Moysés Simão – Advogado com especialização em Direito Empresarial e Master em Direção e Gestão de Sistemas de Seguridade Social. Auditor fiscal aposentado da Receita Federal, ocupou vários cargos na administração pública nos últimos 30 anos. Foi Ministro do Planejamento, Ministro da Controladoria-Geral da União, Secretário Executivo da Casa Civil e do Ministério do Turismo, Assessor Especial da Presidência da República, Secretário de Fazenda do DF, Secretário Adjunto da Receita Federal, Diretor da Receita Previdenciária e Presidente do INSS. É membro do Centro Brasileiro de Estudos Constitucionais – CBEC e do Conselho Superior de Estudos Avançados da FIESP/IRS.
  • Marcelo Pontes Vianna – É corregedor-adjunto da Área Econômica do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle e coordena as comissões responsáveis pela análise dos pedidos de acordo de leniência. Graduado em Ciência Política e em Direito, com especialização em Direito Disciplinar pela Universidade de Brasília (UnB), em Avaliação de Políticas Públicas pelo UniCEUB e em Economia pela George Washington University, já trabalhou como corregedor-setorial no Ministério de Minas e Energia.

E Todos por Um!

A gestão de uma startup diverge em vários aspectos da de uma empresa convencional e já estabelecida. Porém, apesar das diferenças, ao menos um fator ligado ao capital humano aproxima quaisquer iniciativas empresariais: a força do trabalho em equipe.

Enquanto as empresas convencionais precisam preservar espaços competitivos já conquistados, observando compromissos e protocolos definidos no passado, as startups normalmente desafiam o mercado com modelos revolucionários, disruptando padrões com a determinação de quem não tem nada a perder.

E nesse novo ambiente, onde cotidianamente as empresas tradicionais enfrentam novos paradigmas trazidos ao seu mercado pelas startups, as vantagens de marca, cadeias produtivas estruturadas ou modelos de negócio já consolidados podem ser usados para contrapor a ofensiva da competição. Para isso, a empresa tradicional deve evitar a zona de conforto propiciada pela sua posição de mercado, e também fomentar a criatividade e o desenvolvimento de inovações em sua equipe, criando soluções que melhorem sua competitividade.

Nessa queda-de-braços, o ponto fundamental é a busca pela inovação, e vencerá a empresa cuja oferta for mais atrativa a um mercado cada vez mais dinâmico, exigente e global.

Desse desafio de mercado, percebe-se que as empresas com melhor performance, tanto entre as tradicionais quanto entre as startups, são aquelas que conseguem estabelecer um espírito proativo de equipe, em que o capital humano utiliza com liberdade os conhecimentos individuais e do grupo, e se inspira a pensar global, com diversidade e modernidade. Com isso, essas empresas tem maior probabilidade de construir soluções agradáveis ao mercado atual, e também a novos mercados que puderem desenvolver.

Deixar de lado o “Eu”, e priorizar o “Nós”, pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso. Empresas de cultivam a cultura da harmonia baseada em “teamwork”, profissionalismo e deliberação, engajando os indivíduos em equipes na criação de seus planos, tendem a produzir ideias mais consistentes, nas quais o time terá um grau elevado de engajamento e confiança, visto à participação ativa desde a fase de concepção. É um ambiente que fomenta a colaboração, a compreensão e o desejo conjunto de realização.

De fato, a maioria de nós possui, individualmente, o nível de consciência necessário para avaliar cenários e enxergar algumas verdades. Porém, quando isso é feito em time, onde se tem acesso a mais e melhores informações e se pode deliberar com colegas na direção da construção conjunta de soluções e da eliminação de riscos aos planos, a probabilidade de acerto aumenta bastante.

É, portanto, papel dos gestores que desejam liderar seu mercado promover essa cultura da coletividade. Um exemplo é Jim Whitehurst, presidente da RedHat. Para ele, três habilidades adotadas em sua empresa fazem a diferença na construção de equipes inteligentes e efetivas: ouvir proativamente; dar e receber feedbacks honestos; e valorizar as contribuições ao time ao invés de massagens a egos.

Outro exemplo de sucesso é Elon Musk, fundador da Tesla. Segundo Musk, “Talento é extremamente importante. E, como em um esporte, o time com os melhores indivíduos tem boas chances de vitória, mas aí existe um efeito multiplicador de como os jogadores atuam em conjunto e que estratégia de jogo eles aplicam em equipe que pode fazer toda a diferença, seja em direção à vitória, ou à derrota”.

Portanto, seja você parte de uma empresa tradicional, ou de uma startup, promova a coletividade! Afinal, por mais talentoso que um indivíduo possa ser, várias cabeças provavelmente pensarão melhor que uma só!

Tesla lidera ranking AAA de melhor veículo verde

Apesar da queda de preços da gasolina nos Estados Unidos, uma nova pesquisa da AAA revela que o interesse do consumidor americano em veículos elétricos permanece alto, indicando que mais de 30 milhões de americanos desejam comprar um veículo elétrico em sua próxima troca de carro. Com vendas crescentes, maior autonomia e menores custos, a AAA prevê um futuro consistente para os veículos verdes e anuncia os melhores veículos elétricos, híbridos e outros veículos eficientes, com base em rigorosa e independente avaliação.

“Com custos de propriedade mais baixos e compatibilidade com tecnologias autônomas emergentes, os veículos elétricos estão destinados a serem os preferidos no futuro,” disse Greg Brannon, diretor de engenharia automobilística da AAA. “A Tesla — que se destaca nas avaliações da AAA — contribui com o aumento do apelo por veículos elétricos mostrando que eles podem ser estilosos, avançados e com alta performance.”

Mesmo com uma queda de cerca de 40% no preço dos combustíveis derivados de petróleo nos últimos 5 anos nos EUA, a pesquisa identificou que o interesse dos consumidores pelos veículos elétricos não diminuiu. De fato, o número total de americanos desejosos por adquirir um veículo elétrico equivale ao total que deseja uma camionete pickup, apontando que 15% dos consumidores procurarão por veículos elétricos em sua próxima troca de carro.

A preocupação ambiental permanece como principal razão para os compradores de veículos elétricos, mas a AAA também identificou que custos menores no longo prazo, desejo por tecnologias mais avançadas e, ainda, acesso às faixas especiais em rodovias (car pool lanes) são motivadores. A maior autonomia e flexibilidade dos veículos híbridos também atraem os americanos, com 32% dos clientes propensos a adquirir veículos movidos a gasolina e baterias.

Ranking Verde 2017 da AAA

Além dos veículos elétricos e híbridos, a pesquisa da AAA verificou que a economia de combustível permanece como fator importante para os compradores americanos, com 70% considerando este um fator primordial na escolha de um veículo – equiparado ao custo, ao índice de acidentes e à performance – à frente da tecnologia de segurança do carro (com 50%), marca (48%), estilo, cor e design (46%) e conectividade ao smartphone (34%).

Olhando para o futuro, o Centro de Pesquisa Automobilística do Automóvel Clube do Sul da Califórnia avalia e ranqueia veículos elétricos, híbridos, a gás, a diesel e os de alta economia em gasolina para o Guia Anual de Veículos Verdes da AAA. Para isso, são usados os critérios mais relevantes para os compradores, incluindo dirigibilidade, segurança e performance. “Apesar do forte desejo por carros verdes, a mudança para um veículo elétrico, híbrido ou outro eficiente quanto ao consumo pode ser preocupante para o comprador,” diz Megan McKernan, gerente do Centro de Pesquisa Automobilística. Os vencedores, critérios e avaliações detalhadas da indústria de carros verdes podem ser encontrados no endereço AAA.com/greencar.

Mas, apesar dos veículos elétricos serem uma opção atraente aos compradores, a pesquisa identificou que mais da metade dos americanos hesitam em fazer a troca devido à chamada “ansiedade do alcance”, que é a preocupação de se ficar sem carga elétrica durante uma jornada ou da escassez de pontos de recarga em sua região. Este medo persiste apesar do fato que os motoristas americanos informam ter uma distância média de jornada (50 quilômetros) e um tempo médio de jornada (46 minutos) bem menores que a autonomia de mais de 160 quilômetros oferecida pela maioria dos veículos elétricos.

“A ansiedade do alcance resulta do fato dos motoristas verem postos convencionais de combustível, e não estações de recarga elétrica, a cada esquina,” continua Brannon. “Apesar dos carros elétricos não se adequarem a todos os estilos de vida, o número de estações de recarga quadruplicou nos últimos 5 anos, e as baterias suportam com folga as jornadas médias atuais.” Em 2017, a disponibilidade de estações de recarga superou o total de 15.000 locais nos Estados Unidos.

Dados adicionais da pesquisa, detalhes metodológicos, fotos e vídeos podem ser obtidos em NewsRoom.AAA.com. Ranking pode ser encontrado aqui.

Serviço AAA: Maior instituição americana de serviços automotivos, a AAA foi fundada em 1902 como entidade sem fins lucrativos e provê serviços de viagem, seguro, financiamento e resgate automotivo a mais de 57 milhões de clientes.

Slush 2017! Inscrições abertas para as melhores Startups do planeta

Slush

“Ninguém em sua plena sanidade mental vai a Helsinque em Novembro. Bem, exceto por essas 17.500 cabeças tecnológicas!”. Foi assim que os organizadores declararam abertas as inscrições para o principal evento global de empreendedorismo tecnológico: o Slush 2017!

Uma agenda intensa nos vários palcos do evento

Como ocorre anualmente desde 2008, o Slush reunirá de 29 de Novembro a 01 de Dezembro na capital da Finlândia as principais startups que estarão impactando o planeta nos próximos anos. O evento será ainda maior que a edição de 2.016. Serão 17.500 participantes, sendo 2.300 startups, 1.100 investidores, 600 jornalistas, palestrantes e acadêmicos, além de mais de 2.000 voluntários, todos compondo uma comunidade que representa mais de 120 países.

Além de mais de 7.000 reuniões “one-on-one”, onde cada empreendedor se encontra frente-a-frente com potenciais investidores em sua startup, o Slush também tem ao menos duas outras fortes atrações ao público que movimentarão seus 4 palcos principais.

A primeira é uma programação com dezenas de palestras e debates sobre temas tecnológicos e negociais, onde convidados de primeira grandeza no ecossistema global do empreendedorismo expõem suas visões à plateia.

Os campeões da “Pitch Competition” levam um bom cheque para casa

A segunda, que desperta um clima emocionado de torcida nos presentes, é a “Pitch Competition” entre as 100 principais startups do ano. Essas se revesam subindo aos palcos do Slush para apresentar e defender suas iniciativas frente a bancas de jurados que torpedeiam cada startup. O processo filtra as melhores empresas até que restem 5 finalistas. A rodada final entre estas é emocionante, e a startup vencedora leva para casa, além do mérito e visibilidade de alcance internacional, um cheque de 500 mil Euros para ajudar em seu crescimento.

Há também, para quem ainda tiver fôlego, o evento paralelo Slush Music, o qual reúne 2.500 participantes e mais de 150 bandas musicais, bem como investidores do setor, em um programa tecnológico e empreendedor. Uma ótima programação para as noites frias de Helsinque.

Brasília 57 Anos! A cidade-tributo à inovação ainda não está completa.

Hoje é 21 de Abril de 2017.

Nesta data, Brasília, a cidade ícone da arquitetura, futurista e inspiradora de uma nova civilização, e cuja construção representou uma epopeia empreendedora de reconhecimento global, alcança os 57 anos. Com muito a celebrar, e também enormes desafios a superar, a capital do Brasil ainda não está completa.

Diferindo das demais cidades brasileiras, onde a iniciativa privada e as vocações locais são responsáveis pela maior parte da geração de empregos e riquezas, Brasília ainda tem seu produto interno bruto (PIB) extremamente dependente do setor público, especialmente da renda do funcionalismo habitante da capital.

Porém, consolida-se a cada dia a consciência social de que a presença do três Poderes da República na cidade, razão original de sua criação, não deve representar uma zona de conforto econômico, mas sim um impulso para construção de maior dinamismo empresarial. Cresce, assim, a pressão por se conquistar maior independência, e, desde a inauguração, Brasília encara o desafio de resgatar o espírito de seus pioneiros e se tornar uma cidade habilitadora do empreendedorismo.

Oscar Niemeyer, Humberto Ribeiro e Juliana Santana com plantas do PTE

Até mesmo Niemeyer, o arquiteto da capital, já havia percebido isso. E se juntou ao grupo que pensou em uma solução…

Cidades Brilhantes

Reprodução de artigo publicado pela MEMORA S.A. em ocasião do WORLD CONGRESS ON INFORMATION TECHNOLOGY 2016
Por HUMBERTO LUIZ RIBEIRO e SÉRGIO RIBEIRO OTERO*

A relação entre o cidadão e o poder público é, em geral, pouco harmoniosa. Sendo a comunicação entre estes muito ineficiente, governantes não conseguem perceber o que realmente importa para o habitante, e o distanciamento se expressa em políticas públicas desalinhadas e mal comunicadas, fomentando o desengajamento, desperdícios e insatisfação. Como consequência, a população retribuirá com perda de produtividade, mal-estar social e baixos índices de popularidade aos governantes.

Uma abordagem vanguardista e holística, utilizando novos recursos tecnológicos e melhores práticas de gestão, poderia ajudar o governante a conhecer melhor as demandas da população e a desenvolver políticas de melhor impacto. Com efetividade e transparência, pode-se sonhar com a reversão virtuosa na relação entre os cidadãos e a gestão pública.

O cidadão, por sua vez, tornando-se mais participante, receberá melhores serviços públicos e se sentirá respeitado. Dessa forma, passaria a ter uma experiência muito mais completa nos vários aspectos da cidadania, baseada numa relação de confiança entre as partes.

Mas como tornar viável esta reversão virtuosa? Nesta análise oferecemos uma contribuição inicial para o debate, apontando caminhos para se construir um novo patamar de experiência cidadã.

O Cidadão Exigente

Os humanos são seres gregários, e, desde os primórdios, habitam o planeta em aglomerações. Das aldeias do passado evoluíram lógicas que determinaram o domínio da nossa espécie sobre a Terra.

As cidades surgiram, desde o princípio, como centros de serviços, oferecendo aos indivíduos condições mais favoráveis de sobrevivência. A sua expansão demandou evoluções das regras de convívio e das disciplinas oferecidas, seja por entes públicos, seja por privados, como saúde, logística, abastecimento, educação, segurança, e claro, informação.

Na evolução dos sistemas de informação, há hoje um vácuo de maturidade. Trata-se do tratamento das necessidades dos cidadãos, a serem providas em um ambiente extremamente distribuído de computação móvel.

A atual geração de disrupções digitais, se bem aplicada, impulsionará uma nova relação econômica, ambiental, política e social entre a cidade e seus habitantes

Humberto Ribeiro

Lembrando de como foi estruturado esse mecanismo na era dos Centros de Processamento de Dados – CPD’s, quando estes passaram a prover os sistemas “online” via redes de acesso remoto, havia um corolário: quem paga, especifica e se apropria de grande parte dos ganhos de produtividade decorrentes dos novos sistemas.

Já na era dos PC’s, ocorreu a ruptura desse corolário. Aparentemente, organizações ignoraram que o “P” significava “personal” e foram as pessoas, ao invés das organizações, que se apropriaram da maior parte dos ganhos de produtividade.

Com o advento da economia digital e da WEB, que resultaram, entre outras coisas, na expansão do comércio eletrônico, as organizações buscaram competências para interpretar as necessidades dos consumidores enquanto partícipes das transações comerciais. Vários pontos de comércio ou de prestação de serviços migraram para vitrines digitais nos desktops e laptops, ampliando a conveniência do comprador. E, se os ganhos de produtividade voltaram ser novamente apropriados por quem especificou e pagou pelos aplicativos, também os compradores o fizeram.

Surgiu, assim, o cidadão exigente, conhecedor dos mercados, consciente de que dispõe, em seu smartphone por exemplo, de grande capacidade computacional e interativa, várias vezes incompatível com os serviços que obtém.

Neste cenário, poucos são os exemplos no setor público com capacidade de resposta às novas necessidades dos cidadãos. Salvo exceções, essa incapacidade dos governos repetidamente tornou o cidadão, além de exigente, também indignado.

Não se trata mais de identificar quais serviços públicos podem migrar dos balcões para a WEB e para os dispositivos móveis. A expectativa é maior que isso.

A utopia dos Serviços

Segundo o IBGE, em 1940 apenas 31% dos brasileiros viviam nas cidades. Com o advento industrial, esse percentual aumentou gradativamente, e hoje mais de 85% da população vive nas cidades. Como esse processo se desenvolveu de forma raramente planejada, muitas cidades experimentaram diferentes problemas urbanos, como: favelização; violência; poluição; descaso com resíduos; deficiência nos transportes; etc. 

Recentemente, estudos de urbanismo sustentável, apoiados pelos avanços da tecnologia, criaram o conceito de “Smart Cities”, ou cidades inteligentes, que na definição da União Europeia consistem em sistemas de pessoas interagindo e usando energia, materiais, serviços e financiamento para catalisar o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida. Hoje existem diversas iniciativas no Brasil e no mundo já colocando em prática esse conceito e alcançando resultados promissores.

Nossa abordagem tem início neste conceito, porém vai além. Propiciar que a tecnologia seja instrumento de relação de confiança e respeito ao cidadão, sempre concatenada à consciência de compartilhamento e sustentabilidade, e ao fomento da prosperidade inclusiva, é o que visamos. Em um planeta que hoje regenera menos recursos que o consumo de sua população, o bem-estar de todos fica comprometido, e o compromisso de mudança desta situação é urgente.

É preciso abrir os ouvidos para os requisitos de como os serviços públicos devem ser transformados e prestados a partir dos interesses dos cidadãos, e não mais, apenas, do aparato burocrático

Sérgio Otero

Enquanto vemos, por exemplo, aplicativos na área de transportes revolucionarem a mobilidade urbana, cresce nossa convicção rumo a novas disrupções também em outros campos. É com essa convicção, e com os atuais recursos disponíveis, que propomos um caminho de futuro mais ousado.

Proativamente Inteligente

Mais que cidades inteligentes, propomos um valor agregado essencial ao conceito vigente. Propomos uma plataforma proativa de serviços digitais. Propomos a cidade Brilhante!

Partindo da premissa de que o foco principal são os serviços entregues, de forma física ou digital, à sociedade, estruturamos pilares de implementação da plataforma das “Bright Cities”:

Integração

Sistemas e processos de governo devem ser concebidos ou redesenhados com capacidades natas para a integração entre si e com outros serviços das demais esferas de governo ou da sociedade, respeitando a legislação vigente.

Interoperabilidade

Processos e informações devem ser tratados de forma a permitir o seu reuso e aproveitamento por parte das diversas instâncias interessadas, eliminando inconsistências ou retrabalho. Exemplificando, evitar a necessidade de repetidas interações entre indivíduos e o governo em razão de procedimentos sofrivelmente estanques em que o estado demanda informações e comprovações do cidadão que são já de conhecimento do próprio poder público é algo que, hoje, deve ser considerado inaceitável.

Governança

A adoção de critérios e processos nativamente transparentes, auditáveis e voltados a um claro propósito alinhado ao interesse público estruturam uma relação de confiança entre os agentes sociais envolvidos, impulsionando comunicações claras, e consequências positivas a todos.

Interação de Vanguarda

Concepções capazes do melhor aproveitamento do estado-da-arte da tecnologia e da gestão, voltados ao claro benefício da sociedade, geram diferenciais importantes. Com o advento da Internet das Coisas (IoT), sua WEB 3.0, tecnologias cognitivas, sensores e outras inovações, tornam-se viáveis desafios até então pertencentes à ficção científica.

Disponibilidade

Resultados dos processos devem estar disponíveis aos cidadãos não de forma reativa em resposta a demandas destes, mas sim de forma proativa, como uma “nuvem de conhecimento” que, em tempo real, provê soluções e fontes de informação a aplicações disponibilizadas pelo governo, ou desenvolvidas por empreendedores com base no acesso conferido pelo e ao cidadão interessado.

Conclusão

A universalização da utilização das plataformas urbanas proativas e suas evoluções irão promover cada vez mais a melhoria do bem-estar da população, além da sua prosperidade. A consciência coletiva ganha força, e os recursos naturais sustentabilidade. O governante, liderando este processo, utilizará os recursos públicos de forma adequada, e promoverá o engajamento de todos os indivíduos, protagonizando uma sociedade mais justa e mais preparada para os desafios futuros.

Aos que almejam trilhar esses passos, contem com nosso apoio. Sigamos em frente!

*Humberto Luiz Ribeiro é Professor e curador do portal Epicentor, tendo presidido o conselho da MEMORA S.A.; Sérgio Ribeiro Otero é ex-presidente do SERPRO e membro do conselho da MEMORA S.A..

Que seja longa a jornada

“A autenticidade das suas Amizades tem um enorme impacto em sua saúde e bem-estar”. Essa é uma das conclusões convergentes de diferentes estudos sobre as relações humanas que este post do NYTimes aborda.

Aos que já mergulharam nesse tema, ou quiserem começar agora usando esses estudos do MIT, Princeton e etc da reportagem, meus aplausos! Entender a complexidade das Amizades é, e sempre foi, um desafio.

Puxando um fio nesse novelo, tenho comigo que Amizade liga o cérebro ao coração. É só encontrar um(a) amigo(a) de verdade que o crânio e o tórax estão logo harmônicos, entusiasmados!

Com ou sem estudos, todo mundo sabe que bom mesmo é olho no olho transmitindo integridade, prosa desinteressada e atitude virtuosa que fortalecem princípios, e saudações fraternas para reiterar o desejo mútuo de novos encontros!

É assim. Amizade não é destino. É caminho. Caminhemos, e que seja longa nossa jornada!

Abração “Procê”!!

Retomemos a Coesão

Estamos assistindo a humanidade pendular para uma era de dissonância entre as nações. Será que, enquanto todos nós perdemos, continuaremos a ver a insensatez, especialmente a política, prevalecer?

Nunca imaginei que, em pleno século 21, viveria uma retomada do afastamento entre as nações, com turbulências internas em gigantes emergentes como Brasil e México, e disrupções na rota de integração econômica de potências como China/Taiwan e Reino Unido/Euro. Infelizmente, apesar de todos os recursos e conhecimento disponíveis ao ser humano neste momento, vemos abalos no multilateralismo, com mercados e investidores obviamente reagindo com pragmatismo e conservadorismo.

No recente estudo anexo, TODOS os países avaliados em 2015 tiveram QUEDA no índice de atração de investimentos estrangeiros para 2016. E, apesar da posição de liderança dos EUA neste ranking, aguardemos os desdobramentos, pois há uma eleição presidencial nada monótona em andamento naquele país.

Prefiro acreditar – e trabalhar para – que essa dissonância seja passageira, pois, a meu ver, não há caminho sustentável que não envolva a integração, a coletividade e o bem comum.